A PROBLEMÁTICA ENUNCIATIVA EM CHARGES DURANTE A PANDEMIA:
UMA ANÁLISE SOCIODISCURSIVA DAS REPRESENTAÇÕES DOS MINISTROS DA SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.9771/ell.v0i77.55132Palavras-chave:
Análise do Discurso, Teoria Semiolinguística, Covid-19, ChargesResumo
No cenário da pandemia de Covid-19 no Brasil, o Ministério da Saúde apresentou uma instabilidade de gestores: de 2020 a 2022, o comando foi alterado quatro vezes, tendo como ministros Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich, Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga. Diante desse contexto, objetivamos descrever e analisar sociodiscursivamente as representações, em charges, do ministro da saúde durante a pandemia. Como base teórico-metodológica, utilizamos a Teoria Semiolinguística (TS) de Patrick Charaudeau. Assim, os resultados parciais indicaram que a representação do ministro da saúde do período consistiu em um gestor circunscrito por silenciamento, apatia e submissão, em um contexto predominantemente marcado por negacionismo, omissão e passividade.
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