LITERATURA, MEMÓRIA E IDENTIDADE NO CONTO VARANDAS DA EVA, DE MILTON HATOUM

Resumo

Este artigo analisa o conto de Milton Hatoum, intitulado Varandas da Eva, sob o prisma da literatura, da memória e da identidade. Para tanto, recorre-se ao quadro teórico de Aristóteles (2008), Candido (2017), Eco (1988), entre outros, para tratar sobre a literatura, e de Hall (2006), Pollak (1989, 1992) e Silva (2000) para falar de memória e de identidade. Em relação às análises, estas ratificam que a literatura é um espaço intertextual, plurissignificativo e que, apesar de ser representação do real (Mímese), portanto, ficcional, mantém a relação com a realidade. Conclui-se, ainda, que deste tripé - literatura, memória e identidade-, a primeira faz da memória a sua fonte para tecer os seus fios narrativos; esta, por sua vez, ao passo que traz as lembranças de um passado, propicia a construção de imagens (identidades) cambiantes das personagens envolvidas na narração.