“DA DONA QUE RESULTOU SERE BONECA”: O EPISÓDIO DO XARDÍN DOS ANDRADA E OS CORPOS IMPRÓPRIOS NA NARRATIVA DE A ESMORGA

Autores/as

  • Fernanda Gappo Lacombe Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.9771/ell.i71.48227

Palabras clave:

Literatura galega, Neorrealismo, Eduardo Blanco Amor, Corpo, Homossexualidade

Resumen

O presente artigo tem por objetivo principal analisar o papel dos corpos impróprios dentro de A Esmorga, de Eduardo Blanco Amor, a partir do episódio do Xardín dos Andrada. Para tal, serão apresentadas as definições de Silvia Federici (2017) de corpos indisciplinados, assim como o conceito de “the self’s clean and proper body” de Margritt Shildrick (2002). Também será utilizado a definição de homossexualidade marginal de Alberto Mira (2007), com o objetivo de relacionar as ideias de corpos fora da norma, apresentadas por Federici (2017) e Shildrick (2002), com a personagem de Milhomes, de modo que, ao final deste trabalho, seja possível perceber, não somente a crítica à lógica homofóbica da sociedade galega e espanhola, que Blanco Amor, ironicamente, apresenta no romance, como também, a importância do episódio do Xardín pelo paralelo que estabelece com os desejos reprimidos de Bocas por Milhomes.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Fernanda Gappo Lacombe, Universidade Federal Fluminense

Mestre em Literatura Portuguesa pela UERJ, Doutoranda em Literatura Comparada pela UFF

Citas

BLANCO AMOR, Eduardo. A esmorga. 14ª ed. Vigo: Galaxia, 1995

CARRO, Xavier. Claves para unha lectura de A esmorga. Grial. Vigo, v. 31, n. 117, p. 5-17, jan./mar. 1993.

COHEN, Jeffrey Jerome. Cultura de Monstro: sete teses. In: HUNTER, Ian; DONALD, James; COHEN, Jeffrey Jerome; GIL, José. A pedagogia dos monstros: os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. p. 25-55.

FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Tradução por Coletivo Sycorax. São Paulo: Elefante, 2017.

FORCADELA, Manuel. Guía de lectura de A esmorga de Eduardo Blanco Amor. Vigo, 1991. Disponível em: [https://oximnasiodeacaderno.files.wordpress.com/2012/05/guc3ada-de-lectura-de-a-esmorga-de-eduardo-blanco-amor.pdf]. Acesso em:

NOGUEIRA, Álex Alonso. Blanco Amor e a constitución do campo literario galego durante os anos de Galaxia. Grial. Vigo, v. 47, n.184, p. 28-35, out./dez. 2009.

PIRES, José Cardoso. Balada da praia dos cães: dissertação sobre um crime. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983.

SANDÉZ, María López. A esmorga: espazo urbano e simbolismo espacial. Grial. Vigo, v. 47, n. 184, p. 16-27, out./dez. 2009.

Publicado

2021-12-31

Cómo citar

LACOMBE, F. G. “DA DONA QUE RESULTOU SERE BONECA”: O EPISÓDIO DO XARDÍN DOS ANDRADA E OS CORPOS IMPRÓPRIOS NA NARRATIVA DE A ESMORGA. Estudos Linguísticos e Literários, Salvador, n. 71, p. 394–413, 2021. DOI: 10.9771/ell.i71.48227. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/estudos/article/view/48227. Acesso em: 27 jul. 2024.