“MEU LIVRO DE CORDEL” ATRAVÉS DE TEMPOS, VERSOS E MEMÓRIAS: RESISTÊNCIAS EM IDENTIDADES
DOI:
https://doi.org/10.9771/ell.i70.44042Palabras clave:
Mulher, Identidade, Poesia, Discurso, MemóriaResumen
A obra de Cora Coralina ressoa na Literatura Brasileira como uma das mais genuínas vozes de mulheres a elevar a poesia popular e a cultura regional ao lugar de inquietações contemporâneas que atestam o caráter universal de suas produções. Mulher de educação tradicional e, talvez por esse motivo, desde cedo afastada das letras, conheceu o casamento, a rejeição familiar, o ofício de doceira e algum reconhecimento após o lançamento de seu primeiro livro apenas na maturidade, após os 70 anos de idade. No entanto, sua inclinação precoce à literatura junto a um olhar arguto para seu momento histórico a levou à realização de uma obra que transita por diversas temáticas, estilos e pautas entre tramas que aludem ao narrativo, ao lírico e ao memorialístico dos registros de lugares que reverberam como microcosmos de eventos históricos cujos ecos incidem sobre a contemporaneidade confirmando a atualidade de sua escrita. Assim, a análise de Meu livro de cordel (1976) alude a questões que dialogam (BAKHTIN, 1997) com os estudos de Literatura (CANDIDO, 2006), gênero (MACHADO, 2003) e memória (CANDAU, 2014).
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Citas
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