A NOMINALIZAÇÃO ZERO DO PORTUGUÊS: REVISITANDO A DERIVAÇÃO REGRESSIVA À LUZ DA MORFOLOGIA DISTRIBUÍDA
DOI:
https://doi.org/10.9771/ell.v0i61.26913Palabras clave:
Morfologia, SIntaxe, SemânticaResumen
O presente artigo propõe uma releitura do fenômeno tradicionalmente chamado de “derivação regressiva” à luz do quadro teórico da Morfologia Distribuída (HALLE & MARANTZ, 1993) e defende que os nomes que superficialmente se apresentam como uma raiz e uma vogal temática nominal são, na verdade, instâncias de nominalização zero, isto é, de nomes cujo categorizador nominal tem realização fonológica nula. Além disso, este trabalho defende que as nominalizações zero apresentam as mesmas propriedades sintáticas e semânticas das nominalizações cujo sufixo tem realização fonológica. Ademais, seguindo Alexiadou & Grimshaw (2008), este artigo propõe uma tipologia para os nominais zero com base em suas propriedades estruturais e semânticas (sobretudo, com relação à leitura de eventos). Finalmente, o presente trabalho mostra que, ao adotar uma abordagem sintática para a formação de palavras, é possível estender o alcance explanatório de outros fenômenos do domínio das nominalizações e relacioná-los, sem dificuldade, ao fenômeno da nominalização zero.