AS TEORIAS DO TRABALHO DE HONNETH E UNGER: reconhecimento e produtivismo inclusivo

Autores

  • Ricardo Visser Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Faculdade de Direito.

DOI:

https://doi.org/10.9771/ccrh.v31i83.22490

Palavras-chave:

Trabalho. Reconhecimento. Construtivismo institucional. Teoria social.

Resumo

Neste artigo, comparam-se duas escolas de pensamento da teoria social a partir do conceito de trabalho. Estendem-se, então, suas contradições internas. De um lado, a teoria do reconhecimento comporta um conceito de trabalho que se deixa definir por seu valor sociocultural e simbólico, inserido na hierarquia moral ocidental. Seu paradigma é a sociedade salarial e a regulação estatal da paridade das relações profissionais. Já o construtivismo institucional entende o conceito de trabalho como atividade produtiva destinada à inovação. Seu enquadramento teórico visa a recuperar a aliança entre progresso técnico-material com o incremento da experiência social dos indivíduos.

HONNETH’S AND UNGER’S THEORIES OF LABOR: recognition and inclusive productivism

In this article two currents of social thought will be compared taking into account the concept of labor. On one side, the theory of recognition
defines labor by its cultural and symbolic value, which is conceived in the Western moral hierarchy. Its paradigm is the wage labor and the regulation of contracts. On the other hand, the theory of institutional constructvism understands labor as a productive activity oriented by innovation. It tries to reconcile technical and material progress
with the deepening of the social experience of the individuals.


Key words: Labor. Recognition. Institutional constructivism. Social theory

LA THÉORIE DU TRAVAIL DE HONNETH ET UNGER: reconnaissance et productivisme inclusif

L’article analyse deux écoles de pensée à partir de la catégorie de travail. En suite on ira analyser leurs contradictions internes. D’un côté, la théorie de la reconnaissance défine le concept de travail par sa valeur culturelle et symbolique, encerré dans l’hiérarchie morale occidentale. Son paradigme est la société salariale et la régulation des rapports profissionels par l’État. D’autre côté, le constructivisme institutionnel délimite la catégorie de travail entendue comme activité productive orientée par l’innovation. Son cadre théorique vise recuperer l’aliance entre le progrès téchinique, matérial et l’aprofondissement de l’expérience sociale des individus.

Mots-clés: Travail. Reconnaissance. Constructivisme institutionnel. Théorie sociale.

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Biografia do Autor

Ricardo Visser, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Faculdade de Direito.

Doutor em Ciências Sociais, com estágio na Humboldt Universität zu Berlin, onde participou da pesquisa que resultou no livro Reproduktion sozialer Ungleichheit. Entre 2015-2016 atuou como gerente de projetos no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Atualmente é pesquisador pós-doutoral na Faculdade de Direito da Universidade do estado do Rio de Janeiro (Uerj). Publicações recentes: A sociologia econômica de Simmel e Bourdieu: considerações para um programa de pesquisa. CIVITAS: Revista de Ciências Sociais (impresso), v. 17, p. 60, 2017; Significado e transformação das formas de capital: sobre a reprodução da desigualdade de classes na Alemanha. Revista Direito e Práxis, v. 08, p. 1694-1718, 2017; A socialização da família batalhadora. Revista Direito e Práxis, v. 07, p. 317, 2016.

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Publicado

2019-01-24

Como Citar

Visser, R. (2019). AS TEORIAS DO TRABALHO DE HONNETH E UNGER: reconhecimento e produtivismo inclusivo. Caderno CRH, 31(83), 355–372. https://doi.org/10.9771/ccrh.v31i83.22490