MUTIRÃO AUTOGESTIONÁRIO E O CONTEXTO DA EXPERIÊNCIA DEMOCRÁTICA REVISITADO
DOI:
https://doi.org/10.9771/ccrh.v24i61.19041Palabras clave:
movimentos sociais, periferia, cidadesResumen
O artigo trata das trajetórias dos moradores de um conjunto habitacional na periferia de São Paulo produzido por mutirão autogestionário. Esse mutirão ocorreu no contexto da experiência democrática dos anos 80. A hipótese é de que as formas de sociabilidade e as trajetórias desses moradores, atravessadas pelo discurso da autonomia e participação, são postas em questão: de um lado, a possibilidade de invenção, da produção da casa a partir de uma ação autônoma; e, de outro, a permeabilidade dessa experiência a uma sociabilidade enclausurada pelos limites determinados de fora e de dentro do próprio conjunto. Para tanto, fizemos um conjunto de entrevistas e procuramos não perder de vista o contexto que determina um campo reduzido de possibilidades. Essa perspectiva permite colher não apenas a ação desses movimentos, mas também o modo como as camadas mais pobres da cidade se organizam para o enfrentamento dessa desigualdade social produzida nos espaços urbanos.
PALAVRAS-CHAVE: periferia, mutirão, movimentos sociais urbanos, moradia, cidades
A SELF-MANAGED TASK FORCE AND THE CONTEXT OF THE DEMOCRATIC EXPERIENCE REVISITED
Edson Miagusko
This paper is about the trajectories of the residents of a housing estate on the outskirts of Sao Paulo made by a self-managed task force. This task force occurred in the context of the democratic experience of the 80s. The hypothesis is that the forms of sociability and the trajectories of these residents, influenced by the discourse of autonomy and participation, are called into question: on the one hand, the possibility of invention, of the production of a house through an autonomous action and, on the other hand, the permeability of that experience to a certain sociability enclosed by the limits determined from outside and inside the its own set. To this end, we made a series of interviews and tried not to lose sight of the context that determines a reduced field of possibilities. This perspective enables one to collect not only the action of these movements, but also how the poorest of the city are organized to confront this social inequality
produced in urban areas.
KEYWORDS: periphery, task force, urban social movements, housing, cities.
LE TRAVAIL D’UN GROUPE D’ENTRE-AIDE AUTO-GÉRÉ ET LE CONTEXTE DE L’EXPÉRIENCE DÉMOCRATIQUE REVISITÉ
Edson Miagusko
Cet article analyse la trajectoire des habitants d’un complexe résidentiel dans la banlieue de São Paulo réalisé par un travail d’entre-aide autogéré. Le travail de ce groupe d’entre-aide a été réalisé dans le contexte d’une expérience démocratique des années 80. On part de l’hypothèse que les formes de sociabilité et les trajectoires de ces habitants, influencées par un discours sur l’autonomie et la participation, sont remises en question : d’une part la possibilité de créer, de construire sa maison à partir d’une action autonome et, d’autre part la perméabilité de cette expérience à une sociabilité enfermée dans des limites venant de l’extérieur et de l’intérieur de l’ensemble lui-même. Nous avons donc réalisé une série d’interviews et nous avons essayé de ne pas perdre de vue le contexte qui détermine un champ réduit de possibilités. Cette perspective a permis non seulement de saisir l’action de ces mouvements mais aussi la façon dont les couches de population plus pauvre de la ville s’organisent pour affronter les inégalités sociales produites dans les espaces urbains.
MOTS-CLÉS: périphérie, entre-aide, mouvements sociaux urbains, habitation, Villes.
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