A MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE SEMILIBERDADE: um simples trânsito entre “lugares de negro”?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/ccrh.v38i0.67001

Palavras-chave:

Semiliberdade, Medida socioeducativa, Adolescente, Desigualdades raciais, Suspeição

Resumo

Este texto analisa as singularidades institucionais da semiliberdade a partir de relatos de adolescentes que cumprem esta medida socioeducativa, legalmente definida pela autorização de saídas regulares. Com base em uma etnografia em um centro de semiliberdade na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro, discorro sobre as três principais características citadas pelos adolescentes ao falarem desta medida socioeducativa: a percepção de que há menos violência na semiliberdade se comparado à internação, sendo esta privativa de liberdade; as mediações exigidas das famílias dos adolescentes e, por fim, as mediações realizadas pelos próprios adolescentes entre dentro e fora da unidade. A análise de tais percepções permitirá discutir as dimensões raciais que limitam o trânsito de adolescentes negros pelo espaço público e, ao mesmo tempo, o potencial desencarcerador da semiliberdade.

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Biografia do Autor

Juliana Vinuto, Universidade Federal Fluminense

Professora adjunta do Departamento de Sociologia, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito, todos da Universidade Federal Fluminense. Doutora em Sociologia (UFRJ), com estágio doutoral de um ano no Centro de Pesquisas Sociológicas sobre Direito e Instituições Penais (CESDIP - França). Mestre em sociologia (USP) e bacharel em ciências sociais (USP). Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Guerreiro Ramos (NEGRAUFF). Integrante do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCTInEAC). Editora Adjunta da Dilemas - Revista de Estudos de Conflito e Controle Social. Também faz parte do Observatorio Latinoamericano de Justicia Penal para Adolescentes (Olajuspa), da Coalizão pela Socioeducação e do Fórum Popular de Segurança Pública. Autora do livro “‘O outro lado da moeda’: o trabalho de agentes socioeducativos no estado do Rio de Janeiro”.

 

CONTRIBUIÇÃO DE AUTORIA:

Juliana Vinuto – Conceitualização. Curadoria de dados. Análise formal. Aquisição de financiamento. Investigação. Metodologia. Administração do projeto. Supervisão. Visualização. Escrita - esboço original. Escrita - revisão e edição.

 

DECLARAÇÃO DE DISPONIBILIDADE DE DADOS:

Os dados deste artigo podem ser obtidos mediante solicitação ao autor correspondente.

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Publicado

2025-12-15

Como Citar

Vinuto, J. (2025). A MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE SEMILIBERDADE: um simples trânsito entre “lugares de negro”?. Caderno CRH, 38, e025059. https://doi.org/10.9771/ccrh.v38i0.67001

Edição

Seção

Dossiê 3