O ACORDO DE ALCÂNTARA E O DESENVOLVIMENTISMO OCULTO DOS ESTADOS UNIDOS

Autores

  • Neusa Maria Pereira Bojikian Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)-Instituo de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH)-INCT-INEU
  • Karina L. Pasquariello Mariano Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) - Faculdade de Ciências e Letras/Campus de Araraquara https://orcid.org/0000-0002-4559-918X
  • Laís Forti Thomaz Universidade Federal de Goiás (UFG) https://orcid.org/0000-0002-3488-1462

DOI:

https://doi.org/10.9771/ccrh.v35i0.47382

Palavras-chave:

Relações Brasil-Estados Unidos, Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), Neoliberalismo

Resumo

A preocupação com o setor espacial brasileiro está inserida em um debate mais amplo sobre a promoção do desenvolvimento econômico, base para melhor inserção internacional do país. Utilizando revisão de literatura e estudo de caso, verificou-se que houve historicamente uma variação na disposição dos governos brasileiros em aderir à ideologia econômica defendida pelos EUA, sem levar em conta que este país apresenta elementos desenvolvimentistas, atuando como agente de transferência e difusão de novas tecnologias.  O objetivo é demonstrar que o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) é funcional à  estratégia do governo norte-americano de promover o desenvolvimento com participação  velada do Estado. Por sua vez, isso tende a representar importantes limitações à  implementação da política espacial no Brasil. Infere-se que o AST é um instrumento por meio  do qual o governo dos EUA procura mitigar os riscos regulatórios aos quais estão submetidas empresas do país e alavancar a competitividade de sua base industrial.

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Biografia do Autor

Neusa Maria Pereira Bojikian, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)-Instituo de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH)-INCT-INEU

Pesquisadora pós-doutorado do Programa INCT-INEU para Estudos sobre os Estados Unidos do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (IFCH-Unicamp). Programa fomentado pelo CNPq em parceria com a Fapesp. Doutorado e Mestrado em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas (PPGRI) da Unesp, Unicamp e PUC-SP. Especialização em Negociações Econômicas Internacionais pela Unesp.

Karina L. Pasquariello Mariano, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) - Faculdade de Ciências e Letras/Campus de Araraquara

Professora Associada da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), na qual coordena o Grupo de Estudos Interdisciplinares em Cultura e Desenvolvimento (GEICD) e participa do Observatório de Regionalismo (ODR), que integram a Rede de Pesquisa em Política Externa e Regionalismo (REPRI). Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP); mestre em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP); e doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atualmente coordena a rede Development, International Politics and Peace (DIPP), financiada pelo projeto Capes Print da Unesp. Desde 2013, é bolsista produtividade do CNPq. Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Integração Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: Mercosul, teorias de integração, União Europeia, relações internacionais, sindicatos, parlamentos regionais e democracia. 

Laís Forti Thomaz, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Professora Adjunta da Universidade Federal de Goiás (UFG). Bacharel em Relações Internacionais pela da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), com intercâmbio no ISCTE, Lisboa; mestre e doutora em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas (PPGRI) da Unesp, Unicamp e PUC-SP, com estágio de pesquisa na Georgetown University (BEPE-Fapesp). Atualmente, realiza pesquisa de pósdoutorado no Departamento de Estudos Latino-Americanos (ELA-UnB).

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Publicado

2022-06-07

Como Citar

Pereira Bojikian, N. M., Pasquariello Mariano, K. L., & Forti Thomaz, L. . (2022). O ACORDO DE ALCÂNTARA E O DESENVOLVIMENTISMO OCULTO DOS ESTADOS UNIDOS. Caderno CRH, 35, e022006. https://doi.org/10.9771/ccrh.v35i0.47382

Edição

Seção

Dossiê 1