A “INVENÇÃO DO TRABALHO”: historicidade de um conceito nas obras de André Gorz, Dominique Méda, Françoise Gollain e Serge Latouche

Autores

  • Nuno Miguel Cardoso Machado Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.9771/ccrh.v30i81.25654

Palavras-chave:

Trabalho, Gorz, Méda, Gollain, Latouche

Resumo

Após a publicação de Adeus ao Proletariado, em 1980, o entendimento do trabalho como uma atividade historicamente específica da modernidade capitalista é uma das traves-mestras do edifício teórico construído por André Gorz. O trabalho está intimamente associado ao surgimento de uma esfera econômica desvinculada da sociedade e, na qualidade de trabalho abstrato, ao fim, em si mesmo irracional, da valorização do valor. Neste artigo, pretendemos caracterizar detalhadamente a evolução do conceito de trabalho nas principais obras de Gorz e, depois, comparar a noção gorziana acerca da historicidade do trabalho com as ideias de três autores francófonos: Dominique Méda, Françoise Gollain e Serge Latouche. Procuraremos aferir as semelhanças e as divergências entre os autores mencionados. Finalmente, será salientado que as razões aventadas para o devir histórico do trabalho podem ser mais bem entendidas no contexto embrionário comum da “revolução militar”, no século XVI, que inaugurou a era moderna no mundo ocidental.

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Biografia do Autor

Nuno Miguel Cardoso Machado, Universidade de Lisboa

Licenciado em Economia (Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade Técnica de Lisboa). Mestre em Sociologia Económica e das Organizações (ISEG, UTL). Doutorando em Sociologia Económica e das Organizações (ISEG, Universidade de Lisboa). Bolsista de Doutorado no SOCIUS.

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Publicado

2018-03-07

Como Citar

Cardoso Machado, N. M. (2018). A “INVENÇÃO DO TRABALHO”: historicidade de um conceito nas obras de André Gorz, Dominique Méda, Françoise Gollain e Serge Latouche. Caderno CRH, 30(81), 453–478. https://doi.org/10.9771/ccrh.v30i81.25654