JUVENTUDE E VIDA ASSOCIATIVA NAS PERIFERIAS DE SÃO PAULO
DOI:
https://doi.org/10.9771/ccrh.v31i84.20089Palavras-chave:
Juventude, Política, Relações geracionais, Subjetivação, PeriferiaResumo
Este artigo apresenta uma reflexão sobre a experiência política de jovens militantes das periferias da cidade de São Paulo. O trabalho se inscreve no esforço por compreender a vida associativa como parte de um processo de singularização dos atores políticos. Parte-se da premissa de que esses atores têm a possibilidade de agenciar elementos do passado e do presente na constituição de um repertório político. O artigo está em diálogo com os trabalhos que estudam o militantismo, enfatizando os processos de socialização política, embora esteja operando na chave analítica da subjetivação política. A reflexão aqui apresentada está baseada no material de uma pesquisa etnográfica multissituada, realizada em associações de bairro das periferias da cidade de São Paulo durante três anos. A análise desse material permite afirmar que os jovens militantes selecionam, se apropriam ou rejeitam alguns elementos políticos do passado, difusos sobre o território a partir de sua própria experiência social no universo da política. Sem refutar ou se submeter inteiramente às heranças do passado, os jovens militantes recriam diferentes relações políticas e novas configurações sociais.
YOUTH AND ASSOCIATIVE LIFE FROM THE PERIPHERIES OF SÃO PAULO
The present article focuses on the processes of political experience of young militants from the outskirts of the city of São Paulo, Brazil. It attempts to understand associative life as a process of individualization of political actors. This study is grounded in the assumption that these actors have the opportunity to make use of past and present elements as they build up their own political repertoire. Although this article holds discussions with other works which approach militancy emphasizing the processes of political socialization, its analysys is centered around analytical subjectivity. The reflections presented here have been based on a multi-sited ethnographic research conducted in residens’ Associations over the three years material. It has been allowed to say by its analysis that young militants select, appropriate or reject some political elements of the past from their own social experiences in the political field. Thus, without rebutting or submit entirely to the legacies of past, young militants recreate their own politics and relationships in this new social settings.
Key words: Youth; Politics; Generational relations; Subjectivity
JEUNESSE ET VIE ASSOCIATIVE DANS LES BANLIEUES DE SÃO PAULO
Cet article présente une réflexion sur l’expérience politique de jeunes militants de la banlieue de São Paulo. Cette démarche s´inscrit dans l´effort de comprendre la vie associative faisant partie d’un processus de singularisation des acteurs politiques. Cela part du principe que ces acteurs ont la possibilité d’organiser des éléments du passé et du présent afin de créer un répertoire politique. L’article est en dialogue avec les travaux qui étudient le militantisme en mettant l’accent sur les processus de socialisation politique, bien qu’il opère à partir de l´instrument analytique de la subjectivation politique. La réflexion présentée ici s’appuie sur le matériel d’une recherche ethnographique multi-située réalisée pendant trois ans au sein d’associations de quartier de la banlieue de São Paulo. L’analyse de cette étude permet d’affirmer que les jeunes militants sélectionnent, s’approprient ou rejettent certains éléments politiques du passé diffusés sur le territoire, à partir de leur propre expérience sociale dans l’univers politique. Sans réfuter ni se soumettre entièrement aux legs du passé, les jeunes militants recréent différentes relations politiques et de nouvelles configurations sociales.
Key words: Jeunesse; Politique; Relations générationnelles; Subjectivation
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