TEMOS O DEVER DE MORRER?
DOI:
https://doi.org/10.9771/ccrh.v25i2.19450Palavras-chave:
Ética. Vida. Morte. Direito.Resumo
O texto se volta para questões éticas relativas à morte ou ao prolongamento da vida. Ao tentarmos oferecer uma resposta para o problema do prolongamento da vida ou do que se pode bem chamar de a nova busca científica pela imortalidade terrena, refletiremos sobre a atual querela entre mortalistas e imortalistas. Nosso ponto de partida é a aceitação de uma virtual imortalidade como algo realmente possível. O problema de um prolongamento meramente otimizador, isto é, de uma expectativa de vida de 150 anos para todos, levanta, a nosso ver, problemas por vezes distintos. Nesse sentido, pretendemos mostrar que, apesar do fardo da mortalidade, a condição mortal do ser humano possui um sentido moral claro, que exige de cada um o verdadeiro dever de morrer – em paradoxal relação com os já conhecidos direito à vida e direito de morrer.
PALAVRAS-CHAVE: Ética. Vida. Morte. Direito.
DO WE HAVE THE DUTY TO DIE?
Wendell Evangelista Soares Lopes
The text centers on ethical questions pertaining to death or to the prolongation of life. By attempting to offer an answer to the problem of life prolongation, or to what might be called the new scientific quest for terrain immortality, we shall reflect on today’s quarrel between mortalists and immortalists. Our starting point is the acceptance of a virtual immortality as something really possible. The problem of a merely optimizing extension, i.e., of a life expectancy of 150 years for all, rises, in our view, questions which are sometimes distinct. In this sense, we wish to show that, in spite of the burden of mortality, man’s mortal condition has a clear moral sense, that requires of every one a genuine duty to die – paradoxically relating to the already known rights to life and to die.
KEY-WORDS: Ethics. Life. Death. Right.
AVONS-NOUS LE DEVOIR DE MOURIR?
Wendell Evangelista Soares Lopes
L’étude se penche sur des questions éthiques relatives à la mort et à la prolongation de la vie. En essayant d’apporter une réponse au problème de la prolongation de la vie ou de ce que nous pourrions appeler une nouvelle recherche scientifique de l’immortalité terrestre, nous en viendrons à une réflexion sur la querelle actuelle entre mortalistes et immortalistes. Notre point de départ est l’acceptation d’une immortalité virtuelle considérée comme quelque chose de vraiment possible. Le problème d’une extension à peine optimisatrice, c’est-à-dire d’une espérance de vie de 150 ans pour tout le monde soulève, à notre avis, des problèmes distincts. Dans ce sens, nous avons l’intention de démontrer que malgré le poids de la mortalité, la condition mortelle de l’être humain a un sens moral clair qui exige de la part de chacun un véritable devoir de mourir – dans une relation paradoxale avec les droits déjà connus de vivre et de mourir.
MOTS-CLÉS: Éthique. Vie. Mort. Droit.
Publicação Online do Caderno CRH no Scielo: http://www.scielo.br/ccrh
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