O TOYOTISMO E A MERCANTILIZAÇÃO DO TRABALHO NA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.9771/ccrh.v25i66.19259Palavras-chave:
Sistema Toyota de Produção. Sociologia do Trabalho. Indústria Automotiva – Brasil.Resumo
O objetivo deste artigo é analisar o avanço de conceitos e práticas de gestão do trabalho designados como “flexíveis” na indústria automotiva do Brasil, em especial os oriundos do Sistema Toyota de Produção. Por meio de uma investigação bibliográfica e de um estudo de caso empírico numa planta pertencente a um grupo transnacional do setor de autopeças, situada em Campinas, SP (Brasil), demonstra-se como foram efetuadas alterações na organização do trabalho, concomitantes à exigência de novos perfis de qualificação profissional e educacional aos trabalhadores. Em termos conclusivos, a presente análise evidencia como tais perfis – articulados a métodos gerenciais de avaliação em processos de contratação e promoção – têm fragmentado o coletivo de trabalhadores nas empresas, mercantilizando as relações que estabelecem entre si no cotidiano de trabalho, uma vez que se baseiam na introjeção e manipulação de princípios de conduta entre eles, no sentido de servilizá-los ao propósito da acumulação capitalista.PALAVRAS-CHAVE: Sistema Toyota de Produção. Sociologia do Trabalho. Indústria Automotiva – Brasil.
TOYOTISM AND THE MERCANTILIZATION OF LABOR IN THE BRAZILIAN AUTOMOTIVE INDUSTRY
Geraldo Augusto Pinto
The aim of this article is to analyze the advancement of concepts and practices in labor management called “flexible” in the Brazilian automotive industry, particularly those rooted in the Toyota Production System. Through bibliographical research and an empirical case study of a Campinas, SP (Brazil) plant belonging to a transnational group in the auto parts sector, the author shows how changes in the organization of labor were brought about, together with the demand for the workers to have new professional and educational profiles. This analysis conclusively shows how these profiles – articulated with management’s methods of evaluation in the contracting and promoting processes – have fragmented workers’ collectivity in companies, putting monetary value on the relationships that they establish with one another in the workplace since they are based on the introjection and manipulation of their principles of conduct, in the sense of making them subservient to the purpose of accumulation of capital.
KEY WORDS: Toyota Production System. Labor Sociology. Automotive Industry – Brazil.
LE TOYOTISME ET LA MERCANTILISATION DU TRAVAIL DANS L’INDUSTRIE AUTOMOBILE AU BRÉSIL
Geraldo Augusto Pinto
L’objectif de cet article est d’analyser l’état d’avancement des concepts et des pratiques de gestion du travail appelées “flexibles” dans l’industrie automobile au Brésil, et en particulier celles provenant du Système Toyota de Production. Grâce à une recherche bibliographique et à une étude de cas empirique dans le cadre d’un groupe transnational de pièces détachées automobiles situé à Campinas (Etat de Sao Paulo/Brésil), nous démontrons comment des changements ont eu lieu dans l’organisation du travail, changements liés à l’exigence de nouveaux profils de qualification professionnelle et d’éducation des travailleurs. En conclusion, l’analyse montre bien comment de tels profils – articulés à des méthodes de gestion pour l’évaluation en cours de contrats et de promotions - ont fragmenté le collectif des travailleurs au sein des entreprises, monnayant les relations qui s’établissent au quotidien dans l’ambiance de travail étant donné l’introjection et la manipulation des principes de conduite entre eux afin de servir à l’accumulation capitaliste.
MOTS-CLÉS: Système Toyota de Production. Sociologie du Travail. Industrie Automobile – Brésil.
Publicação Online do Caderno CRH no Scielo: http://www.scielo.br/ccrh
Publicação Online do Caderno CRH: http://www.cadernocrh.ufba.br
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Publicado
2013-06-18
Como Citar
Pinto, G. A. (2013). O TOYOTISMO E A MERCANTILIZAÇÃO DO TRABALHO NA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA DO BRASIL. Caderno CRH, 25(66). https://doi.org/10.9771/ccrh.v25i66.19259
Edição
Seção
Artigos
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