A VISITA DO ROBERT PARK AO BRASIL, O “HOMEM MARGINAL” E A BAHIA COMO LABORATÓRIO
DOI:
https://doi.org/10.9771/ccrh.v23i58.19081Palavras-chave:
Escola de Chicago, Robert Park, Donald Pierson, relações raciais, Bahia e BrasilResumo
Este artigo insere-se nas preocupações teóricas da autora sobre a recepção da “Escola de Chicago”, no Brasil. Analisa a passagem de Robert Park ao final dos anos 30 na Bahia; suas motivações e os efeitos para as ciências sociais internacionais. Essa viagem é pouco conhecida e o artigo traz uma pequena colaboração para a história das ciências sociais, no Brasil e na Bahia. Baseada em dados originais de pesquisa realizada no Brasil e nos Estados Unidos, o autora considera a importância da visita de Park [e de Pierson] à Bahia. Retoma as noções clássicas de Homem Marginal, desenvolvida por Park e de melting pot, usada por Park e discípulos, ao se referirem à convivência, em Chicago, de comunidades com nacionalidades diferentes, que não se misturavam. O caso baiano, de miscigenação, intrigou Park, que acabou transformando a Bahia num “laboratório social”, suscitando a vinda de outros antropólogos, e novas questões e interpretações teóricas, atualmente retomadas.
PALAVRAS-CHAVE: Escola de Chicago, Robert Park, Donald Pierson, relações raciais, Bahia e Brasil.
THE VISIT OF ROBERT PARK TO BRAZIL, THE “MARGINAL MAN” AND BAHIA AS A LABORATORY
Licia do Prado Valladares
This paper is part of the theoretical concerns of the author on the reception of the “Chicago School” in Brazil. It analyzes the passage of Robert Park in the late ’30s in Bahia, his motivations and the effects on international social sciences. This trip is little known, and the paper offers a little collaboration to the history of social sciences in Brazil and Bahia. Based on data from original research conducted in Brazil and the United States, the author considers the importance of the visit by Park [and Pierson] to Bahia. It incorporates classical notions of Marginal Man, developed by Park and melting pot, used by Park and disciples, which referred to the conviviality of Chicago communities from different nationalities, who did not mix, distinguishing it from the Bahian case, of miscegenation. This singularity transformed Bahia into a “social laboratory”, prompting the arrival of other anthropologists, and new questions and theoretical interpretations, now resumed.
KEY WORDS: Chicago School, Robert Park, Donald Pierson, race relations, Bahia and Brazil.
LA VISITE DE ROBERT PARK AU BRÉSIL, “L´HOMME MARGINAL” ET BAHIA SERVENT DE LABORATOIRE
Lícia do Prado Valladares
Cet article fait partie des préoccupations théoriques de l’auteure concernant la venue de “l’école de Chicago” au Brésil. Elle y fait l´analyse du passage de Robert Park à Bahia, à la fin des années 30, de ses motivations et des effets qu´il a eu pour les sciences sociales internationales. Ce voyage est peu connu, ce qui permet à l’article d´apporter une collaboration à l´histoire des sciences sociales au Brésil et à Bahia. Sur la base des données originales d´une recherche menée au Brésil et aux États-Unis, l’auteure considère l’importance de la visite de Park [et de Pierson] à Bahia. Elle reprend les notions classiques de l’Homme Marginal, développées par Park, et celles de melting-pot, utilisées par Park et ses disciples, lorsque ce dernier faisait référence à la vie, à Chicago, de communautés de nationalités différentes qui ne se mélangeaient pas. Le cas du métissage bahianais a intrigué Park au point de transformer Bahia en un “laboratoire social” qui a suscité non seulement la venue d´autres anthropologues mais aussi de nouvelles questions et d´interprétations théoriques qui sont reprises actuellement.
MOTS-CLÉS: Ecole de Chicago, Robert Park, Donald Pierson, relations raciales, Bahia, Brésil.
Publicação Online do Caderno CRH: http://www.cadernocrh.ufba.br
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