Coesão e evasão em assentamentos rurais no extremo-sul do Brasil

Autores

  • Paulo Freire Mello INCRA-RS

DOI:

https://doi.org/10.9771/ccrh.v21i54.18915

Palavras-chave:

rotatividade, reforma agrária, reciprocidade, sociologia da crítica, religião

Resumo

Através de etnografias em dois assentamentos no Rio Grande do Sul, discutiu-se os processos de coesão social e sua potencialidade em estancar a evasão e a rotatividade. Não se encontrou correlação entre a evasão e diversas variáveis relacionadas à dimensão material em 193 assentamentos. A adoção da perspectiva da sociologia da crítica, de Boltanski, em associação com aportes pontuais de Bourdieu, Wolf e Elias, permitiu compreender os processos de mobilidade e de construção da coesão social dos assentados. Esta é relacionada à reciprocidade, em especial, ao parentesco e às relações religiosas e de vizinhança. Verificou-se que os assentados, cada vez mais situados na cidade doméstica, estão construindo processos corporativos, ainda que de forma negociada com o MST, INCRA e vizinhança.

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Biografia do Autor

Paulo Freire Mello, INCRA-RS

Doutorando do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É Engenheiro Agrônomo e mestre em desenvolvimento Rural pela mesma Universidade. Tem experiência na área de Antropologia, Sociologia e sistemas de produção, atuando no tema reforma agrária, sobretudo com assentamentos rurais. Em 2006, defendeu a dissertação de mestrado: Evasão e rotatividade em assentamentos rurais do Rio Grande do Sul. Vem, desde 2005, publicando artigos sobre assentamentos em suas dimensões sociológica-antropológica, econômica e agronômica.

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Publicado

2009-05-11

Como Citar

Freire Mello, P. (2009). Coesão e evasão em assentamentos rurais no extremo-sul do Brasil. Caderno CRH, 21(54). https://doi.org/10.9771/ccrh.v21i54.18915