NENHUM DISPOSITIVO A MENOS: SOBRE A EXPERIÊNCIA DA AUSÊNCIA DA SALA DE CINEMA

NO LESS DISPOSITIF: ON THE EXPERIENCE OF THE ABSENCE OF MOVIE THEATRES

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/contemporanea.v20i2.44769

Palavras-chave:

Dispositivo cinematográfico, Sala de Cinema, Ontologia.

Resumo

O fechamento obrigatório das salas de cinema durante a pandemia do novo coronavírus não apenas afetou economicamente o setor, mas também intensificou a discussão da sobrevivência das salas. O tropo da morte do cinema foi retomado mais uma vez, tanto no campo teórico quanto da práxis cinematográfica. O artigo refaz o percurso teórico da discussão ontológica do objeto cinema, recuperando a necessária dimensão de experiência coletiva da atividade, como vem sendo apontado por diversos autores, como Jacques Aumont, e Raymond Bellour. Para tanto, mobiliza-se a revisitação do conceito de dispositivo de Jean-Louis Baudry em chave crítica a partir da recuperação fenomenológica do ato de ver filmes. Ao final do artigo aponta-se que a “espontânea” proliferação de drive-ins e outras ações podem ser sintomáticas de uma relação sentida como necessária pelo espectador de cinema e, portanto, configuradora ontológica do objeto cinema, o que não impede e até estimula outros dispositivos de visão.

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Biografia do Autor

Marcos Kahtalian, Pontificia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP

Doutorando em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP

Leda Tenório da Motta, PUCSP

Pesquisador do CNPq Nível 1. Pesquisador associado ao Reseau International Roland Barthes. Membro do grupo de pesquisa em Humanidades e Mundo Contemporâneo à testa do projeto ?Aceleração do Tempo e Pós-Democracia- Violência e Comunicação? no Instituto de Estudos Avançados da USP. Possui graduação em Letras Modernas pela Universidade de São Paulo (1972), mestrado em Semiologia Literária pela École des Hautes Etudes en Sciences Sociales (1978) e doutorado em Semiologia Literária pela Université de Paris VII (1983). Fez pós-doutorados na Université de Paris VII (1986-1988) e no Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1995-1997), sobre Celine e Francis Ponge. Estudou com Roland Barthes, Gérard Genette e Julia Kristeva. É hoje professor assistente doutor do quadro de carreira do PEPGCS/PUC/SP, onde vem se dedicando aos objetos da comunicação, entendidos como fatos de linguagem e à psicanálise dos discursos midiáticos

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Publicado

2023-06-13

Edição

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Artigos