A educação para a Diversidade em busca de uma apreensão intercultural da Surdez
DOI:
https://doi.org/10.9771/cgd.v4i3.27557Palavras-chave:
educação-inclusiva, Surdez, Ouvintismo, interculturalidadeResumo
Este artigo é um recorte de uma dissertação de mestrado que objetiva compreender as tensões entre a criação de uma categoria identitária cultural para a Surdez e o discurso Ouvintista hegemônico, em suas rachaduras, resistências e perspectivas. De metodologia qualitativa, a pesquisa favorece a (re) construção discursiva da trajetória da Surdez (com S maiúsculo) e do Ouvintismo, através da mídia, das Políticas Públicas Educacionais e da história de membros das comunidades ouvintes e surdas pernambucanas. Considerando que ao longo da história, a sociedade ouvinte dominante ao definir políticas educacionais enquadrou, a partir unicamente de seu ponto de vista, os sujeitos Surdos em identidades (surdo-mudo, surdo, deficiente auditivo, excepcional, especial), o fortalecimento de uma reinvindicação identitária germinada pelos próprios sujeitos da Surdez, em oposição ao discurso Ouvintista, cria um tensionamento discursivo. Cabendo, portanto, a pergunta: como a escola e a sociedade estão lidando com isso? Este artigo vai se focar na análise das origens teórico epistemológicas destes termos, enfatizando que suas escolhas, mais do que aleatórias, correspondem a enquadramentos ideológicos definidos. Convencidos da inescapabilidade dos mecanismos de opressão de uma postura identitária, postura própria da pós-modernidade, espera-se que as políticas educacionais identitárias calcadas no princípio da diversidade, sejam suficientemente operantes para diminuírem as opressões sociais, além de definirem novos começos. Com o cuidado de privilegiar uma apreensão intercultural da diversidade, postula-se a necessidade de permanecermos atentos para a construção de diálogos, acolhendo a diversidade das vozes e prevenindo a reprodução de antigas discriminações.
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