Vida e morte de um príncipe do Congo
Nicolau de Água Rosada e o fim do tráfico de escravizados na África Centro-Ocidental
DOI:
https://doi.org/10.9771/aa.v0i65.45014Palavras-chave:
Abolição do tráfico de escravos, África Central, Congo, Angola, Nicolau de Água RosadaResumo
O artigo toma como fio condutor a trajetória do príncipe Nicolau de Água Rosada para analisar a conjuntura do tráfico de escravos em Angola e Congo. Em 1845, ele foi como emissário para Lisboa depois de um tratado antitráfico firmado entre Portugal e seu pai, o rei Henrique II. Permaneceu cerca de dois anos em Portugal, e no seu retorno a Angola tornou-se funcionário da administração colonial. Água Rosada alcançou notoriedade ao se manifestar publicamente contra um tratado de vassalagem assinado pelo rei Pedro V em 1859. Paradoxalmente, foi acusado de ser aliado dos portugueses, sendo assassinado em 1860 por africanos contrários ao avanço da presença europeia no baixo Congo. Nicolau nunca se pronunciou contra ou a favor do tráfico de escravos. No entanto, sua trajetória só pode ser entendida a partir de uma perspectiva que situe o tráfico como elemento central da geopolítica da África Centro-Ocidental.
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