Cabras, caboclos, negros e mulatos: escravidão e núcleos familiares no Cariri Cearense (1850-1884)
DOI:
https://doi.org/10.9771/aa.v0i53.22470Resumo
Uma das principais práticas de sociabilidade engendradas pelos escravos do Cariri foi a formação de núcleos familiares. Por meio de sua experiência, os cativos constituíram diversos arranjos que excediam a noção tradicionalmente ideal de matrimônio e núcleo familiar. Em meio a essa multiplicidade, constituiu-se uma família mista, na qual os laços de parentesco dos escravos ultrapassaram os limites de sua condição social e alcançaram tanto os livres quanto os libertos que trabalhavam e conviviam a seu lado, em regiões que não se configuravam como áreas de economia agroexportadora. O processo de combinação entre condições sociais diferentes desencadeou a mistura de distintos tons de pele percebidos na população livre e cativa, tanto que, a partir da segunda metade do século XIX, a família escrava pode ser caracterizada essencialmente pela mestiçagem.
Palavras-chave: história - família escrava - mestiçagem.
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