SACRIFÍCIO RITUAL DE ANIMAIS NÃO-HUMANOS NAS LITURGIAS RELIGIOSAS DE MATRIZ AFRICANA: “Medo do feitiço” e intolerância religiosa na pauta legislativa
DOI:
https://doi.org/10.9771/rbda.v11i22.17665Keywords:
Sacrifício de animais, liberdade religiosa, direitos dos animais, religiões de matriz africana, intolerância religiosa.Abstract
A liberdade religiosa de matriz africana é protegida pela Constituição Federal de 1988 e também pelo Estatuto da Igualdade Racial. Dela decorrem o direito à liberdade de consciência e de crença, ao livre exercício dos cultos religiosos de matriz africana, compreendendo a proteção aos seus locais de culto e as suas liturgias, bem como o combate às práticas de intolerância religiosa. Presente nas liturgias afrorreligiosas, o sacrifício ritual de animais não-humanos é objeto de discussões e polêmicas. Partindo da Lei nº 4.977/2015, do Município de Tatuí/SP, pioneira na proibição do sacrifício religioso de animais não-humanos no Brasil, e traçando um quadro comparativo com proibições de natureza similar na Europa, o presente trabalho tem por objetivo analisar até que ponto a referida Lei brasileira reflete um compromisso com a defesa dos direitos dos animais ou configura intolerância religiosa contra os cultos de matriz africana, alimentada pelo racismo e pelo que Yvonne Maggie chamou de “medo do feitiço”. A técnica de pesquisa empregada foi a de revisão bibliográfica, por meio da consulta à literatura especializada e legislação sobre o tema tratado.
Downloads
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamentodo trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.