Espírito animal e o fundamento moral do especismo
DOI:
https://doi.org/10.9771/rbda.v1i1.10240Abstract
Este ensaio analisa inicialmente os diferentes sentidos das noções de almae espírito, que foram mudando de sentido ao mesmo tempo em que o homem foi
desenvolvendo a sua capacidade intelectual e seu domínio sobre a natureza. Em
seguida será demonstrado que a partir da noção do espírito, enquanto característica
distintiva dos homens em relação aos demais seres vivos, foi sendo construída a
ideologia especista que está por detrás da ética que exclui os animais da esfera de
consideração moral. Por fim, pretende demonstrar que embora essa maneira especial
de pensar da filosofia grega ainda exerça uma grande influência na tradição ocidental,
ela apresenta uma série de contradições e inconsistências que apontam para o seu
esgotamento enquanto modelo ético e epistemológico, ao mesmo tempo em que se
anuncia o nascimento de uma nova ética, que divorciada da tradição moderna de
dominação da natureza pelos homens da prioridade ao subjetivo e ao emotivo em
relação ao objetivo e ao científico, e afirma, dentre outras coisas, o valor moral dos
animais com fundamento nos sentimentos de compaixão e simpatia, numa relação
com o mundo fundada na reciprocidade e no intercâmbio.
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