O Direito enquanto normalização institucional: o caso do especismo
DOI:
https://doi.org/10.9771/rbda.v12i02.22945Palavras-chave:
direito, hábito, instituição, psicologia, espe-cismo.Resumo
Esse artigo possui como objetivo mostrar como a aplicação de um método sócio-psicológico contribui para uma melhor compreensão do fenômeno jurídico e da normalização institucional, a partir do caso-exemplo do especismo. Trata-se de entender que o Direito constitui e é constituído por hábitos não-conscientes, os quais precisam ser revisitados constante-mente de forma reflexiva e receptiva, se quisermos ampliar-mos cada vez mais as nossas proteções morais e jurídicas para uma concepção de Outro mais alargada. Valendo-nos dos ins-trumentos conceituais analíticos desenvolvidos pela psicóloga social Melanie Joy percebemos com maior clareza as estruturas psico-físicas geradoras e mantenedoras de abusos, preconceitos e distanciamentos, bem como passamos a possuir algumas fer-ramentas para a expansão de tal consciência e superação de cer-tos mecanismos de defesa mentais sustentadores de ideologias de dominação – atuais e futuras. Passar a compreender a rela-ção entre vontade, conhecimento e ação nos ajuda a entender que o Direito é constantemente reforçado e modificado pelos indivíduos (juristas ou não) que compõem a sociedade e, assim, entender o Direito enquanto moralidade política indissociáveldas escolhas existenciais diárias, estimulando-se uma constante auto-reflexão compartilhada, a qual perpassa por um cuidado de Si, o qual implica em um cuidado do Outro e vice-versa. En-tender essas conexões contribui para avançarmos nas melhores estratégias voltadas para os direitos dos animais e de grupos oprimidos em geral.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamentodo trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.