As histórias de um livro catedral: relações entre passado, presente e futuro na interpretação do Dragmaticon do mestre Guilherme de Conches (1080-1154)
DOI:
https://doi.org/10.9771/rvh.v11i1.47897Palabras clave:
Guilherme de Conches, Leitura, TempoResumen
Escrito entre os anos de 1144 e 1149, o Dragmaticon divide-se em seis livros que trazem muitas das concepções pedagógicas de Guilherme de Conches (1090-1154). Concepções assinaladas por uma percepção profunda do tempo, o que nos sugere a intensa relação que Guilherme estabeleceu entre experiências passadas e expectativas futuras diante de um presente que considerava decadente e que teria pouco a ensinar aos que a ele se inclinavam. Ombro a ombro com personagens como João de Salisbury (c.1120-1180), Bernardo de Chartres (†1160) e Gilberto de La Porrée (1076-1154), Guilherme de Conches atuou na consolidação do que foi denominado pela posteridade como a Escola da Catedral de Chartres, uma das importantes expressões da cultura intelectual do século XII.
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