Perceções da população portuguesa relativamente a dietas, animais e indústria agropecuária
DOI:
https://doi.org/10.9771/rppgd.v27i2.25149Resumo
A existência de grupos de consumidores/as que optam
por diferentes dietas - que fazem uso ou que vetam produtos
de origem animal - supõe distintas perceções relativamente às
mesmas e, consequentemente, em relação aos animais explorados
para o efeito. Considerando que as perceções e práticas respetivas
são, necessariamente, reforçadas por crenças e por sistemas
simbólicos culturalmente alicerçados, este estudo apresenta resultados
(de natureza quantitativa e qualitativa) de uma população
inquirida relativamente às respetivas dietas alimentares, aos animais
explorados e à indústria agropecuária. Os dados da população
inquirida são reveladores de tensões derivadas de perceções
divergentes: a dieta tradicional omnívora é, tendencialmente, percecionada
como mais relevante para a saúde humana, enquanto as
dietas adotadas por grupos minoritários (vegetarianos e veganos)
são consideradas como as mais inadequadas. Ainda em relação às
dietas, a ‘carne’ surge como o alimento mais associado à força e à
masculinidade, enquanto o consumo de verduras surge associado
à feminilidade. No que diz respeito aos animais, o grupo consumidor
de produtos de origem animal apresenta uma elevada tendência
em concebê-los com diferenciadas capacidades de sofrimento,
consoante as espécies. Já os vegetarianos e veganos reconhecem-
-lhes capacidades idênticas. Finalmente, no que concerne às práticas
de exploração da indústria agropecuária, a opinião de grande maioria da população inquirida revelou-se bastante desfavorável.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamentodo trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado