Processos imersivos: a percepção cinestésica como operadora de sínteses de saberes na vida e na arte
DOI:
https://doi.org/10.9771/rr.v1i38.46432Palavras-chave:
Dança. Percepção. Hábitos. Empatia. Cinestesia.Resumo
Partindo da descrição de uma experiência de imersão, vivida por uma das autoras, numa videoconferência, via plataforma Zoom - em que, por graus de envolvimento, os espaços das telas foram confundidos e misturaram-se na sua percepção - o artigo pretende provocar reflexões a respeito do papel dos hábitos perceptivos e motores, na constituição das relações com o ambiente e com os outros, tanto em contextos da vida cotidiana, como na arte. Toma-se como hipótese que habilidades sensório motoras específicas, solicitadas nas interações virtuais correntes, e, mediadas pelas plataformas em uso, ainda estão em processo de desenvolvimento e integração. Adaptação e habituação estão, portanto, em curso. À luz de contribuições da abordagem da cognição corporalizada, das ciências cognitivas, assim como da empatia estética, essa hipótese conduzirá à construção de uma argumentação que coloca em foco a centralidade da percepção cinestésica nas nossas imersões na vida, na criação e na fruição artísticas.
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