Repertório
https://periodicos.ufba.br/index.php/revteatro
<p>Periódico do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia. Criado em 1997, tem como foco a difusão da práxis transdisciplinar em artes cênicas com ênfase em pesquisas articuladas com o desenvolvimento de epistemo-metodologias, processos pedagógicos e de criação, história e dramaturgia, tendências contemporâneas, perspectivas decoloniais, corporeidade, feminismos, gênero, estudos étnico-raciais, performance e tecnodiversidade, saberes e fazeres nas artes cênicas.<br />Area do conhecimento: Artes<br />ISSN(online): 2175-8131 - Periodicidade: Semestral</p>Universidade Federal da Bahiapt-BRRepertório2175-8131<p>Os/as usuários/as poderão ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir os textos integralmente desde que sejam claramente mencionadas as referências aos/às autores/as e à Revista Repertório. A utilização dos textos em outros modos depende da aprovação dos/as autores/as e deste periódico.</p> <p>Os conteúdos emitidos em textos publicados são de responsabilidade exclusiva de seus/suas autores/as e não refletem necessariamente as opiniões da Revista Repertório.</p> <p> </p>A cena expandida: cruzamentos entre teatro, cinema e vídeo Conceitos e poéticas múltiplas
https://periodicos.ufba.br/index.php/revteatro/article/view/55061
<p><span style="font-weight: 400;">O texto discute a relação entre teatro e tecnologias digitais, especialmente imagens gravadas e projetadas. Questiona-se se a "performance ao vivo" ainda é composta por atores de carne e osso, e se as telas podem abrir novos espaços para a imaginação e alterar a percepção da plateia, explorando um mundo em constante mudança. O texto também aborda a chegada das imagens digitais ao teatro, destacando como a tecnologia digital expandiu as possibilidades de criação e documentação da cena. A presença de imagens na cena teatral altera a percepção do espectador e amplia as possibilidades da peça. O teatro sempre teve uma relação com o cinema, mas a linguagem digital traz novas possibilidades e desafia conceitos como identificação, ilusão, espectador e presença. Os avanços tecnológicos permitiram aos criadores do palco expandir seus métodos de criação, inventando dispositivos e cruzando resultados. No final do século XX, surgiram no cenário teatral procedimentos que envolviam a interseção entre cinema e teatro, como o uso de filmes como material criativo, a influência da edição acelerada no cinema no ritmo da encenação, a projeção de imagens sobrepostas na cena, o uso de trilhas sonoras gravadas e a gravação de ensaios em vídeo. Essas tecnologias ampliaram as possibilidades de criação teatral e a gravação de performances em vídeo.</span></p>Julia CarreraFelisberto Sabino da Costa
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2025-08-012025-08-0110110.9771/rr.v1i01.55061Os espaços estão vivos: da Arte Ambiental de Hélio Oiticica ao Teatro Ambiental de Richard Schechner
https://periodicos.ufba.br/index.php/revteatro/article/view/62579
<p>O presente estudo busca aproximar os conceitos de Arte Ambiental, de Hélio Oiticica, e Teatro Ambiental, de Richard Schechnner, na tentativa de contribuir com os estudos nas Artes da Cena preocupados com as relações entre performer e espacialidade. Para tanto, foca-se nas latências espaciais em que os ambientes são co-agentes nos processos de criação em uma convivência que permite uma espécie de sentimento do espaço, ocasionado pelos corpos em deslocamento e pelas inter-relações aí geradas. Por fim, nessa relação de comunhão com o ambiente, acredita-se que a consideração efetiva do espaço como estado de vida dá ao ato criativo a condição de ruptura cotidiana, no corpo do/a artista e no corpo do mundo.</p>Moacir Romanini Junior
Copyright (c) 2025 Moacir Romanini Junior
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2025-08-012025-08-0110110.9771/rr.v1i01.62579Um Moçambique inserido no mundo: a peça Desmascarado, de Venâncio Calisto
https://periodicos.ufba.br/index.php/revteatro/article/view/61614
<div> <p class="CorpoA"><span lang="PT">Ao analisar </span><span lang="IT">a pe</span><span lang="PT">ça <em>Desmascarado</em>, do autor moçambicano Venâncio Calisto, os dois aspectos mais evidentes são o conflito entre as personagens Am</span><span lang="FR">é</span><span lang="PT">lia e Arcanjo como reflexo</span><span lang="IT"> e met</span><span lang="PT">áfora das disputas entre feminilidade </span><em><span lang="DE">versus</span></em><span lang="PT"> masculinidade e tradição </span><em><span lang="DE">versus</span></em><span lang="PT"> modernidade. Naquela, a peça </span><span lang="FR">é </span><span lang="PT">uma reação à visão da mulher para um certo tipo de ancestralidade em que se calca uma cultura popular moçambicana (</span><span lang="IT">a pe</span><span lang="PT">ça, o contexto da dança mapiko); nesta, a forma como as personagens se veem e como interagem com os acontecimentos do mundo contemporâneo. Na peça, todas as marcas de passado remetem ao retr</span><span lang="ES-TRAD">ó</span><span lang="PT">grado e ultrapassado, colocando tamb</span><span lang="FR">é</span><span lang="PT">m em questão a supervalorização de uma cultura local. Assim, vemos como essa </span><span dir="RTL" lang="AR-SA">“</span><span lang="PT">nova geração” da dramaturgia africana em língua portuguesa interage com um passado plural e com um presente que inexoravelmente chega para todas as sociedades.</span></p> </div>Carlos Gontijo RosaBeth Brait
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2025-08-012025-08-0110110.9771/rr.v1i01.61614Por um gesto honesto: Rubens Barbot e a dança negra contemporânea
https://periodicos.ufba.br/index.php/revteatro/article/view/61587
<p>O artigo discute a importância do trabalho de Rubens Barbot na dança contemporânea e propõe a rememoração de sua obra no campo da educação. A Companhia Rubens Barbot de Dança-Teatro foi a primeira companhia de dança contemporânea negra formada por artistas negros, que buscava valorizar os corpos dos seus bailarinos e hibridizar a cultura com a dança contemporânea. O texto argumenta que, em um contexto em que a memória das lutas é invisibilizada, é importante trazer as propostas de Barbot e apresentá-las aos estudantes, a fim de promover uma educação antirracista e descolonizar corpos e mentes. Por fim, os autores também destacam a importância de conectar-se à ancestralidade para promover novos saberes e modos de ver, viver e estar no mundo.</p>Leandro da Conceição BorgesPaulo Melgaço da Silva Jr.
Copyright (c) 2025 Leandro da Conceição Borges, Paulo Melgaço da Silva Junior
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2025-08-012025-08-0110110.9771/rr.v1i01.61587Benefícios do ballet para pessoas com deficiência visual: estudo baseado na percepção da família
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<p>Nosso estudo objetivou caracterizar quais os benefícios do ballet para pessoas com Deficiência Visual (DV) na percepção da família. Participaram do estudo cinco mães (idade 38 a 46 anos). Suas filhas bailarinas com DV de natureza congênita (idade 13 a 22 anos), praticantes de balé clássico a três anos. A coleta de dados consistiu na aplicação de entrevista semiestruturada (via whatsapp) com questões relativas aos benefícios do ballet para jovens com DV. Nossos resultados indicaram benefícios relacionadas ao bem-estar e realização, a autoestima e a felicidade; melhora da postura, o equilíbrio e melhora da independência. Concluímos que na percepção das mães das bailarinas com DV os benefícios foram o desenvolvimento das filhas nos aspectos psicológicos e físico-motores.</p>Ana Beatriz Sales SilvaMarcos Antônio Almeida CamposLívia Gomes Viana MeirelesMário Antônio de Moura Simim
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2025-08-012025-08-0110110.9771/rr.v1i01.47250Práticas somáticas em dança como terapia para pessoas com doença de Parkinson: experiências com o método Baila Parkinson.
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<p>Este artigo discute as práticas terapêuticas para pessoas com doença de Parkinson (DP) através do método Baila Parkinson, elaborado a partir de técnicas de dança associadas a conceitos e técnicas multiprofissionais em reabilitação. A DP altera o esquema, a imagem e a consciência corporal, de acordo com a progressão da doença e com características individuais do sujeito. Seus sintomas levam ao aumento da dependência, isolamento social, depressão, perda de controle, vinculados à natureza imprevisível da doença, que agravam a condição deste corpo para além da patologia. Através do método Baila Parkinson, discutiremos a lógica relacionada aos benefícios das práticas somáticas na dança na promoção da consciência corporal e do autoconhecimento por meio da experiência artística. A recuperação do contato com o próprio corpo e o aumento do senso de controle através da exploração das suas possibilidades podem promover benefícios motores, psicológicos, cognitivos e sociais, atenuando o quadro clínico. Acreditamos que no cenário terapêutico alguns conceitos provenientes da educação somática podem auxiliar a conscientização do corpo, como a observação interna a partir da interação com objetos, mapa gestual e respiração como suporte do movimento. Tudo numa cronologia dividida entre sentir, perceber e intencionar através de experimentações de conexão com o corpo.</p>Wallesson Amaral AlcantaraJuliana dos Santos DuarteLane Viana Krejcová
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2025-08-012025-08-0110110.9771/rr.v1i01.45646