Os limites epistemológicos da articulação entre psicanálise e marxismo: considerações em defesa de uma psicologia materialista histórico-dialética
DOI:
https://doi.org/10.9771/gmed.v15i1.53010Palavras-chave:
Marxismo, Psicanálise, Psicologia, Revolução, SocialismoResumo
No presente texto buscamos refletir sobre as articulações entre marxismo e psicanálise, comuns na atualidade, apontando os fundamentos do pensamento marxiano que revelam os limites e a insuficiência da psicanálise para a compreensão da subjetividade humana. Concluímos que a psicanálise, ainda que possa ter contribuído historicamente para o pensamento crítico do campo marxista, deve ser superada em prol do desenvolvimento de uma teoria psicológica alternativa, alicerçada no materialismo histórico-dialético, dando sequência ao trabalho iniciado por L. S. Vigotski nas décadas de 1920-1930, no contexto revolucionário da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
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