Hegel, o pós-moderno e o problema da verdade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/gmed.v14i3.52363

Palavras-chave:

Hegel, Pós-moderno, Problema da verdade

Resumo

Este ensaio mostra como a descentralização que a filosofia conheceu nos grandes processos histórico-sociais ocorre simultaneamente à ascensão de correntes filosóficas de matrizes anti-hegelianas. Destas, o pós-modernismo é o caso mais significativo. Sua ascensão não reduz o espírito crítico ao status quo, mas, ao promover um enfraquecimento do pensamento, da razão e da verdade, acaba inevitavelmente por promover um enfraquecimento da própria capacidade transformadora dos homens. O artigo, portanto, tenta reconstruir o conceito hegeliano de verdade, refazendo as críticas que Hegel havia dirigido a algumas formae mentis da época, como o ceticismo, ao qual a filosofia pós-moderna ofereceu um novo florescimento. Mostra-se também a ligação que existia na filosofia hegeliana entre verdade e transformação em um sentido cada vez mais universalista do mundo, também em virtude daquele conceito de "contradição objetiva" (pedra angular da dialética) que o pós-moderno vem ofuscando, tornando bem mais exigente, não só a transformação da realidade, mas também a compreensão de sua dinâmica.

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Biografia do Autor

Emiliano Alessandroni, Universidade de Urbino

Docente associado e habilitado em "Crítica literária e literatura comparada", leciona nas cadeiras de filosofia contemporânea e filosofia política da Universidade de Urbino. Membro da "Internationale Gesellschaft Hegel-Marx für dialektisches Denken" e editor da revista científica "Historical Materialism". Autor de vários volumes que investigam a relação entre filosofia e processos histórico/sociais. Publicou recentemente, Ditaduras democráticas e democracias ditatoriais. Problemas históricos e filosóficos (Carocci, 2021) e A Revolução de Outubro e o pensamento de Hegel (Mimesis 2022).

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Publicado

2022-12-30

Como Citar

Alessandroni, E. (2022). Hegel, o pós-moderno e o problema da verdade. Germinal: Marxismo E educação Em Debate, 14(3), 38–54. https://doi.org/10.9771/gmed.v14i3.52363