Sociabilidade do capital e proletariado: análise do caráter de classe da cultura corporal
DOI:
https://doi.org/10.9771/gmed.v14i3.48393Palavras-chave:
Proletariado. Cultura corporal. Tempo-livre. Práticas corporais. Classes sociais.Resumo
A existência dos diversos acervos das práticas corporais é determinada pela divisão da sociedade em distintas classes e pela luta que essas travam entre si ao longo da história da humanidade. O objetivo deste trabalho é revelar como as relações de classe determinam no interior da sociabilidade capitalista os modos de produção e apropriação da cultura corporal para o conjunto da classe trabalhadora - uma vez que no interior das relações de classes emergem determinações sociais que acabam resultando em barreiras preponderantes para a negação ao direito ao lazer e ao tempo livre para o conjunto dos trabalhadores assalariados, assim como, para as mulheres trabalhadoras. Nesse sentido, o presente texto intenta revelar que a cultura corporal comporta em seu interior um caráter de classe, uma vez que a existência desse fenômeno é indissociável das relações de classe presentes em cada período histórico particular no qual suas práticas são desenvolvidas.
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