A geografia e a BNCC: a disciplina e a interdisciplinaridade
DOI:
https://doi.org/10.9771/gmed.v14i2.47340Palavras-chave:
BNCC, Geografia, Pedagogia Histórico-Crítica., Disciplinaridade, InterdisciplinaridadeResumo
Este artigo é derivado de uma pesquisa, realizada durante o mestrado acadêmico em educação na Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC), em 2021. Busca apresentar as principais características da Geografia enquanto ciência e embasar a defesa da sua especificidade, para na sua dimensão escolar, poder atender de forma plena em sua potência, socializando os saberes elaborados deste ramo do conhecimento, indispensáveis para a apreensão do movimento da realidade. É embasado em pesquisa bibliográfica e documental, na esteira do Materialismo Histórico-Dialético como método, este trabalho recorre a autores como Milton Santos (2006, 2012, 2020), Luis Carlos Freitas (2018), Julia Malanchen (2014), Dermeval Saviani (2013, 2018, 2019), Gaudêncio Frigotto (2008), Massimo Quaini (2002), Lana Cavalcanti (2012), Karl Marx (2008, 2013), Karel Kosik (2002), Raquel Maria Fontes do Amaral Pereira (2009), entre outros. A discussão demonstrou que a fragmentação do conhecimento não se resolve no plano gnosiológico, pois ela deriva da própria divisão social do trabalho, que no capitalismo, se constitui como instrumento de alienação. Evidencia-se também que as disciplinas escolares, incluindo a Geografia, correspondem ao momento analítico do processo de conhecimento. E que esta ciência é fundamental para a compreensão da realidade e indispensável em um ensino que busque o pensamento reflexivo, crítico e a emancipação de sujeitos.
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