O internacionalismo como prática pedagógica na Escola Nacional Florestan Fernandes
DOI:
https://doi.org/10.9771/gmed.v13i3.47176Palavras-chave:
Internacionalismo, Organização Popular, Formação, TerritórioResumo
No presente texto apresentamos um panorama geral sobre como o Movimento dos Trabalhadores Ruais Sem Terra (MST) compreende e implementa concretamente a questão do internacionalismo entendido como princípio, valor e estratégia desde as ações específicas que desenvolve, mas também em relação a um projeto amplo e profundo da classe trabalhadora do mundo. Nesse sentido, o internacionalismo não é apenas uma ação para fora, senão também para dentro dos territórios que são as bases do Movimento e onde os sujeitos estão inseridos nos processos de lutas e resistências permanentemente. Um desses territórios é a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), uma escola de formação política para militantes, dirigentes e quadros das organizações populares da classe trabalhadora nacional e internacional. Na ENFF, desde a concepção de formação do Movimento reafirmamos o internacionalismo como prática pedagógica a partir das dimensões formativas e seus tempos pedagógicos imprimindo no cotidiano a organização rigorosa de um programa, a vivência entre as pessoas durante um determinado período e as sínteses que ajudam a identificar elementos comuns que reafirmam as tarefas dos militantes em seus países e territórios, desde as suas organizações populares e o seu projeto estratégico. Apresentamos também algumas práticas históricas que a ENFF organiza e foi se constituindo em uma referência internacional, como o plantio no bosque da solidariedade, os nomes das turmas, os cursos organizados para o público de outros países para além do Brasil, bem como a presença de militantes permanentes que compõem a Brigada Apolônio de Carvalho (BAC). Reafirmamos que nesse processo a Escola vai elaborando e reelaborando o seu fazer político e pedagógico, aprofundando o seu método e construindo alternativas junto ao desafio de emancipação do ser humano e da sociedade como um todo.
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Referências
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