Pandemia, crise ambiental e impasses da modernização ecológica do capitalismo
DOI:
https://doi.org/10.9771/gmed.v13i2.45314Palavras-chave:
crise ambiental, crise sanitária, modernização ecológicaResumo
O artigo problematiza a noção de crise ambiental em suas articulações com a crise sanitária desencadeada no ano de 2020. A pandemia é apontada como uma das manifestações da cegueira capitalista quanto aos efeitos não mercantis da produção de mercadorias, configurando um dos limites à pretensão de grandes grupos econômicos construírem sua reputação através de operações de modernização socioecológica do capitalismo.Downloads
Referências
ACSELRAD, Henri (org.). Políticas territoriais, empresas e comunidades: o neoextrativismo e a gestão empresarial do “social”. Rio de Janeiro: Garamond, 2018.
ACSELRAD, Henri. Internalização de custos ambientais: da eficácia instrumental à legitimidade política. In: NATAL, Jorge (org.). Território e planejamento. Rio de Janeiro: Letra capital, 2011. p.391-414.
ALBUQUERQUE, C. Mensagem do Presidente C. Albuquerque do Estado de Matto Grosso à Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1916.
BARRETTO, N.R. A revolução quilombola. São Paulo: Artpress, 2008.
BOISTEL, Philippe. Reputation: un concept à définir. Communication et organisation, Bourdeaux, n.46, p. 211-224, 2014.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Difel, 1989.
BOUTILIER, R. G.; THOMSON, I. (2011). Modelling and measuring the social license to operate: fruits of a dialogue between theory and practice. Disponível em: https://socialicense.com/publications/ModellingandMeasuringtheSLO.pdf.
CHAMAYOU, Grégoire. La societé ingouvernable: une généalogie du libéralisme autoritaire. Paris: La fabrique éditions, 2018.
DIELE, Bianca. Os limites do risco: a questão do fracking no Brasil. IPPUR/UFRJ, Rio de Janeiro, mimeo, 2019.
DIONANT, F. Le rio Paraguay et l´état brésilien de Matto Grosso. Bruxelles: L'imprimerie nouvelle, 1907.
FREEMAN, E. 1984. Strategic management: a stakeholder approach. Boston: Pitman, 1984.
GRUPO DE TRABALHO DE POLÍTICA AGRÁRIA, URBANA E AMBIENTAL (GTPAUA). Relatório do Seminário Nacional, ANDES-SN, São Luis, 2017.
HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1992.
HOMMEL, Thierry. Stratégies des firmes industrielles et contestation sociale. Paris : Cemagref, Cirad, Ifremer, INRA, 2004.
LAGROU, Els. Nisun: A vingança do povo morcego e o que ele pode nos ensinar sobre o novo coronavírus Disponível em: https://blogbvps.wordpress.com/2020/04/13/nisun-a-vinganca-do-povo-morcego-e-o-que-ele-pode-nos-ensinar-sobre-o-novo-corona-virus-por-els-lagrou/
LATOUR, Bruno. Imaginar gestos que barrem o retorno da produção pré-crise. Tradução de Deborah Danowski. Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/597852-imaginar-os-gestos-barreiras-contra-o-retorno-da-producao-anterior-a-crise-artigo-de-bruno-latour. Acesso em: 16 de nov. 2020.
MACARTHUR, Julie L.; HOICKA, Christina E; CASTLEDEN, Heather; DAS, Runa; LIEU, Jenny. Canada's Green New Deal: forging the socio-political foundations of climate resilient infrastructure? Energy research & social science, n.65, 2020.
MALTA CASTO, Maria Inês; GUDES GALETTI, Lilia de S. Diagnóstico e avaliação do setor florestal brasileiro: histórico dos usos dos recursos florestais em Mato Grosso. Cuiabá: ITTO, Ibama, Funatura, 1994.
MICOUD, André. L´écologie et le mythe de la vie. In: LARRÈRE, C.; LARRÈRE, R. (eds.). La crise environnementale. Paris: Inra éditions, 1994. p.18-29.
PIGOU, Arthur Cecil. La economía del bienestar. Madrid: Aguilar, 1946.
SILVA, Simoens da. Cartas Mattogrossenses. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1927.
SMITH, H. Do Rio de Janeiro a Cuyaba: notas de um naturalista. Cuiabá, 1922.
WALLACE, Rob; LIEBMAN, Alex; CHAVES, Luis F.; WALLACE, Rodrick. Covid-19 and circuits of capital. Monthly Review, 1/4/2020. Disponível em: https://monthlyreview.org/2020/04/01/covid-19-and-circuits-of-capital/.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Germinal: Marxismo e Educação em Debate
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autoras e autores que publicam na revista Germinal: marxismo e educação em debate concordam com os seguintes termos:
- Mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
- Têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
- Têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).