Produção associada, autogestionada e agroecológica na comunidade tradicional São Manoel do Pari-MT: características contra-hegemônicas do modo de produção camponês
DOI:
https://doi.org/10.9771/gmed.v13i2.44827Palavras-chave:
Sociologia agrária, Sociologia do trabalho, Sociologia da educaçãoResumo
Os camponeses e camponesas da comunidade tradicional São Manoel do Pari, Mato Grosso, organizam a sua produção ampliada da vida embasada na relação dialética entre trabalho, saberes e natureza. Os quais constituem os consumes, práticas e valores vivenciadas nas unidades produtivas familiares, nas práticas de transição agroecológicas, no trabalho associado e autogestionado e na comercialização. Este texto, resultado de pesquisa empírica e teórica fundamentadas pelo método marxista e pela metodologia da pesquisa participante, tem por objetivo analisar os elementos materiais e imateriais constitutivos da comunidade tradicional e os elementos contra-hegemônicos e alternativos à lógica do capital.
Downloads
Referências
ALTIERI, Miguel. Agroecologia: bases científicas para uma agricultura sustentável. SP: Expressão Popular, 2012.
ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho. SP: Boitempo, 2005.
BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento marxista. RJ, Zahar, 2012.
CABRAL, Cristiano. Conflitos no campo, agronegócio e estado. A institucionalização de violência no campo e a luta por terra, trabalho, alimentação e pela vida. In. WERNER, Inácio; SATO, Michèle, SANTOS, Déborah. Relatório estadual de direitos humanos e da terra - 2019. Cuiabá – MT: Associação Antônio Vieira, 2019.
CAPORAL, Francisco Roberto. Em defesa de um plano nacional de transição agroecológica. In: SAUER, S; BALESTRO, V. (org.). Agroecologia e os desafios da transição agroecológica. SP: Expressão Popular, 2013. p.261-304.
CAPORAL, Francisco Roberto; AZEVEDO, Edésio Oliveira de. Princípios e perspectivas da agroecologia. PR: Instituto Federal Paraná, 2011.
CARVALHO, Horácio M. de. O campesinato no século XXI. Possibilidades e condicionantes do desenvolvimento do campesinato no Brasil. RJ: Vozes, 2005.
CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. SP: Paz e Terra, 2008.
CASTRO, Josué. Geopolítica da fome. Vol. 1. SP: Editora Brasiliense, 1961.
CHAYANOV, Alexander Vasilyevich. La organizacion de la unidad económica campesina. Bueno Aires, Argentina, Ediciones Nueva Vision, 1974.
CONAB. Portal de informações agropecuárias. Disponível em: https://portaldeinformacoes.conab.gov.br/. Acesso em: 13 de março de 2019.
DIEGUES, Antonio Carlos. O mito da natureza intocada. AP: Hucitec, 1996.
DIEGUES, Antonio Carlos; ARRUDA, Rinaldo. (org). Saberes tradicionais e biodiversidade no Brasil. SP: USP, 2001.
DURHAM, Eunice. A dinâmica da cultura. SP: Cosac Naify, 2004.
ESTEVE, Esther Vivas. O negócio da comida. SP: Expressão Popular, 2017.
GRAMSCI, Antonio. Notas sobre Maquiavel. In: SADER, Emir (org.). Gramsci: poder, política e partido. SP: Expressão Popular, 2005. p.11-106.
HARVEY, David. Os limites do capital. SP: Boitempo, 2013.
HORKHEIMER, Max. Eclipse da razão. SP: Centauro, 2000.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário 2017. Resultados Preliminares. Rio de Janeiro, v. 7, p.1-108, 2017.
KOSIK, Karel. Dialética do concreto. RJ: Paz e Terra, 1976.
LONDRES, Flávia. Agrotóxicos no Brasil. Um guia para ação em defesa da vida. RJ: Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa, 2011.
LUKÁCS, Gyorgy. Para uma ontologia do ser social II. SP: Boitempo, 2013.
LUXEMBURG, Rosa. A acumulação do capital. SP: Nova cultura, 1985.
MACHADO, Luiz Carlos Pinheiro; MACHADO FILHO, Luiz Carlos Pinheiro. A dialética da agroecologia. SP: Expressão Popular, 2014.
MAICÁ, Eitel Dias. Sementes. In: CALDART, Roseli. et al (org.). Dicionário da educação do campo. SP: Expressão Popular, 2012. p.697-704.
MANDEL, Ernest. A crise do capital. Os fatos e sua interpretação marxista. SP: Ensaio, 1990.
MARX, Karl. O capital. Crítica da economia política. Livro 1 - O processo de produção do capital. Volume 1. RJ: Bertrand, 1988.
MARX, Karl. O capital. Crítica da economia política. Livro 1 - O processo de produção do capital. Volume 2. RJ: Civilização Brasileira, 1980
MARX, Karl. O capital. O processo global de produção capitalista. Livro 3. Volume 5. SP: DIFEL, 1985a.
MARX, Karl. O capital. Capítulo VI (Inédito). Livro I. SP: Livraria Editora Ciências Humanas LTDA, 1978.
MARX, Karl. Teoria da mais valia. História crítica do pensamento econômico. Livro 4 de 'O capital'. Volume 1. SP: Bertrand, 1987.
MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. SP: Martins Fontes, 1977.
MARX, Karl. Grundrisse. SP: Boitempo, 2011a.
MARX, Karl. A guerra civil na França. SP: Boitempo, 2011b.
MARX, Karl. Trabalho assalariado e capital. SP: Blobal Editora, 1985b.
MARX, Karl. Manuscrito econômico-filosófico. SP: Martins Fontes, 2001.
MARX, Karl. O dezoito Brumário de Lois Bonaparte. SP: Centauro, 2003.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Ideologia Alemã. SP: Martins Fontes, 1980.
MÉSZÁROS, István. A teoria da alienação em Marx. SP: Boitempo, 2006
MÉSZÁROS, István. Para além do Capital. SP: Boitempo, 2002.
ONU: fome atinge mais de 820 milhões de pessoas no mundo. ONU NEWS. Perspectiva Global. Reportagens Humanas. 15 de julho de 2019. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2019/07/1680101 Acesso em: 12 de fevereiro de 2020
PLOEG, Jan Douwe van der. Camponeses e a arte da agricultura. SP: Editora Unesp, 2016.
PLOEG, Jan Douwe van der. Sete teses sobre a agricultura camponesa. In: Petersen, Paulo (Org). Agricultura familiar camponesa na construção do futuro. Rio de Janeiro: AS-PTA, 2009. p.17-31.
PRIMAVESI, Ana. Manual do solo vivo. SP: Expressão Popular, 2016.
ROIO, Marcos del. Gramsci e a emancipação do subalterno. SP: UNESP, 2018.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. RJ: Record, 2001.
SCHMITT, Claudia Job. Transição agroecológica e desenvolvimento rural: um olhar a partir da experiência brasileira. In: SAUER, S; BALESTRO, V. (org.). Agroecologia e os desafios da transição agroecológica. SP: Expressão Popular, 2013. p.173-198.
STEDILE, João Pedro; CARVALHO, Horácio Martins. Soberania alimentar. In: CALDART, Roseli. et al (org.). Dicionário da educação do campo. SP: Expressão Popular, 2012. Pág. 714-723.
THOMPSON, Edward Palmer. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
THOMPSON, Edward Palmer. A miséria da teoria ou um planetário de erros. Uma crítica ao pensamento de Althusser. RJ: Zahar, 1981.
THOMPSON, Edward Palmer. Folclore, antropologia e história social. In: As peculiaridades dos ingleses e outros artigos. SP: Unicamp, 2001. p.227-268.
THOMPSON, Edward Palmer. As peculiaridades dos ingleses. In: As peculiaridades dos ingleses e outros artigos. SP: Unicamp, 2012. p.75-180.
TOLEDO, Víctor; BARRERA-BASSOLS, Narciso. A memória biocultural. A importância ecológica das sabedorias tradicionais. SP: Expressão popular, 2015.
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Filosofia da Práxis. SP: Expressão Popular, 2007.
ZIEGLER, Jean. Destruição em massa. Geopolítica da fome. SP: Cortez, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Germinal: Marxismo e Educação em Debate
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autoras e autores que publicam na revista Germinal: marxismo e educação em debate concordam com os seguintes termos:
- Mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
- Têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
- Têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).