O Capital contra a educação da classe trabalhadora

Autores

  • Elza Margarida de Mendonça Peixoto UFBA
  • Vania Pereira Moraes Lopes Doutoranda no PPGE FACED UFBA. Membro do MTE FACED UFBA. Professora da Rede Municipal de Ensino de Feira de Santana e da Rede de Ensino do Estado da Bahia.
  • Edson Espírito Santo Espírito Santo Filho Doutorando PPGE FACED UFBA. Membro do MTE FACED UFBA. Professor da Prefeitura Municipal de Feira de Santana e Professor Auxiliar a da Universidade Estadual de Feira de Santana
  • Itamar Silva Sousa Doutorando no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação (FACED-PPGE-UFBA). Professor efetivo da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisa em Marxismo, Políticas de Trabalho e Educação (GMTE-UFBA).

DOI:

https://doi.org/10.9771/gmed.v11i1.33557

Palavras-chave:

Política, Educação, Capitalismo

Resumo

Em especial, a análise dos documentos oficiais com os quais o Capital coordena a organização da vida social evidenciam a profundidade e a violência do ataque contra os interesses e necessidades dos trabalhadores. A direção da política econômica nestes documentos emitidos pelos órgãos centrais de gestão do capitalismo mundial, como o Banco Mundial, revelam os eixos de uma reestruturação das tarefas do Estado nas relações de produção capitalistas, com vistas a tornar mais agressivo seu direcionamento para o atendimento dos interesses do capital financeiro. Esta reforma impacta especialmente as políticas sociais e a política nacional de ciência e tecnologia. São a prova de uma ação orquestrada de ataques do capital contra a classe trabalhadora, que subordinama vida insignificante e excedente dos que produzem a riqueza – os trabalhadores – à gestão e ao controleda coisa pública conduzida, sob a perspectiva neoliberal, conforme os interesses do capital financeiro. Um ataque que evidencia o desespero pela preservação da acumulação privada assim como o desprezo e o sacrifício da força de trabalho que produz toda a riqueza social. Este Volume 11, Número 1 de Germinal expressa o esforço empreendido pelos intelectuais e educadores marxistas de realizar a crítica materialista e dialética desta conjuntura, enfrentando-a com radicalidade, reconhecendo o movimento da correlação de forças e os limites e possibilidades das políticas que foram possíveis no seio do embate entre capital e trabalho em nível mundial. São 25 manuscritos distribuídos nas seções Debates, Artigos, Entrevista, Documento e Resenha que, no conjunto, cumprem o papel de recuperar a lógica dos processos históricos, os agentes e os instrumentos que foram utilizados pelo Capital no processo coordenado de manter-se hegemônico no controle da produção da existência e na concentração de suas vantagens, mesmo quando parecia as dividir.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elza Margarida de Mendonça Peixoto, UFBA

Dra. em Educação. Editora da Revista Germinal: Marxismo e Educação em Debate. Coordenadora da Associação Brasileira de Educadores Marxistas. Editora da Revista Germinal: Marxismo e Educação em Debate. ORCID:https://orcid.org/0000-0002-4430-241XEmail: elza.peixoto@ufba.br

Vania Pereira Moraes Lopes, Doutoranda no PPGE FACED UFBA. Membro do MTE FACED UFBA. Professora da Rede Municipal de Ensino de Feira de Santana e da Rede de Ensino do Estado da Bahia.

Licenciatura em História pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2005). Especialização em Metodologia e Didática do Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (2009). Mestrado Acadêmico em Educação pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2013). Doutoranda em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Desenvolve pesquisa com foco nas políticas educacionais e de valorização da carreira docente em Feira de Santana e na Bahia. Atualmente é professora da Rede Municipal de Ensino de Feira de Santana e da Rede de Ensino do Estado da Bahia. É membro do Grupo Marxismo e Políticas de Trabalho e Educação (UFBA). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4402-5061  Email: vanlopsi@gmail.com

Edson Espírito Santo Espírito Santo Filho, Doutorando PPGE FACED UFBA. Membro do MTE FACED UFBA. Professor da Prefeitura Municipal de Feira de Santana e Professor Auxiliar a da Universidade Estadual de Feira de Santana

Licenciatura em Educação Física pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2006) e mestrado em Programa de Pós-Graduação em Educação pela Universidade Federal da Bahia (2013). Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Educação pela Universidade Federal da Bahia.Professor da Prefeitura Municipal de Feira de Santana e Professor Auxiliar a da Universidade Estadual de Feira de Santana ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4178-8247Email: espiritosanto.edson@gmail.com

Itamar Silva Sousa, Doutorando no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação (FACED-PPGE-UFBA). Professor efetivo da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisa em Marxismo, Políticas de Trabalho e Educação (GMTE-UFBA).

Doutorando no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação (FACED-PPGE-UFBA). Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Professor efetivo da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisa em Marxismo, Políticas de Trabalho e Educação (GMTE-UFBA). ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3002-7207  Email: itamarcorpus@yahoo.com.br 

Referências

Dirce Zan | Emmanuel Tourinho | Jamil Cury | Marcelo Knobel | Nelson Cardoso Amaral | Renato Pedrosa | Robert Verhine | Simon Schwartzman Relatório do Banco Mundial distorce dados e ignora a realidade do país, alertam especialistas. Jornal da UNICAMP. 30.11.2017. Disponível em: https://www.unicamp.br/unicamp/index.php/ju/noticias/2017/11/30/relatorio-do-banco-mundial-distorce-dados-e-ignora-realidade-do-pais-alertam Acesso em: 22.08.2019.

LEHER, Roberto. Banco Mundial: ajuste regressivo e antidemocrático. Correio da Cidadania. 28.11.2017. Disponível em: http://www.correiocidadania.com.br/2-uncategorised/12966-banco-mundial-ajuste-regressivo-e-antidemocratico Acesso em 22.08.2019.

SILVA, Mauri Antonio da. Análise crítica da proposta de reforma da previdência social no Brasil entre os anos 2016 e 2018 Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282019000200213 Acesso em: 05.09.2019 01:19.

PEREIRA, João Marcio Mendes. Dimensões da história do Banco Mundial como ator político, intelectual e financeiro Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2018000200301 Acesso em: 22. 08.2019.

LEHER, Roberto. Reforma do estado: o privado contra o público. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462003000200003&lng=en&nrm=iso&tlng=pt Acesso em: 27/08/2019 17h55

NOVOA, Jorge; BALANCO, Paulo. O estágio último do capital: a crise e a dominação do capital financeiro no mundo. Cad. CRH, Salvador , v. 26, n. 67, p. 87-104, abr. 2013. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-49792013000100007&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 06.09. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-49792013000100007.

Banco Mundial e a Educação. Disponível em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_banco_mundial_%20e_educacao%20.htm. Acesso em: 14.09.2019.

Marx, Karl. O Capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

OFFE, Clauss. Sistema educacional, sistema ocupacional e política da educação. Contribuição à determinação das funções sociais do sistema educacional. Educação e sociedade, n. 35, abril. 1990.

Downloads

Publicado

2019-09-16

Como Citar

Peixoto, E. M. de M., Lopes, V. P. M., Espírito Santo Filho, E. E. S., & Sousa, I. S. (2019). O Capital contra a educação da classe trabalhadora. Germinal: Marxismo E educação Em Debate, 11(1), 1–16. https://doi.org/10.9771/gmed.v11i1.33557