PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE E SUBORDINAÇÃO DO TRABALHO EDUCATIVO À LÓGICA FLEXÍVEL DA PRODUÇÃO CAPITALISTA.

Autores

  • Saulo Rodrigues Carvalho Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná (UNICENTRO)- campus Guarapuava-PR

Palavras-chave:

Formação de Professores, Identidade Profissional do Professor, Reestruturação Produtiva, Pedagogia Histórico-Crítica, Educação Escolar.

Resumo

Esta pesquisa analisa o conceito de Identidade Profissional do Professor, sob o enfoque do Materialismo Histórico-Dialético. Trata-se de uma pesquisa teórico-conceitual a respeito da inter-relação entre a formação de professores na contemporaneidade e as demandas político ideológicas do regime de produção e acumulação flexível do capital. Por conseguinte, o objetivo da mesma é demonstrar, a luz de teorias fundamentadas no materialismo histórico-dialético que a centralidade conferida à construção da identidade docente no processo de formação de professores – tal como advogada hegemonicamente na atualidade – representa uma estratégia de fragilização da referida formação, subjugando cada vez mais a educação escolar aos ditames da sociedade de classes. Nesse sentido, problematizamos o conceito de Identidade Profissional do Professor questionando a sua prerrogativa como forma de superação da crise instaurada pelas mudanças do capitalismo. Neste ínterim, a discussão da identidade profissional do professor ganha destaque especificamente durante o processo de reestruturação capitalista da produção e normatização do padrão flexível de acumulação.A mesma se apresenta como prerrogativa para a formação de professores numa perspectiva crítica e autônoma no âmbito do profissionalismo docente, com o propósito de superar a crise de identidade sobre o trabalho do professor. Do mesmo modo, as determinações da reestruturação produtiva ecoam sobre o magistério sob a forma do empobrecimento dos conteúdos escolares e da substituição de um ensino calcado nos conhecimentos científicos objetivos, por uma formação em afinidade estrutural com as novas exigências do capitalismo contemporâneo. Entendendo-o como uma maneira de adaptação as demandas impostas por essa dinâmica produtiva, discutimos as suas bases teóricas, colocando em suspeição o conceito de identidade. Por fim, defendemos a tese de que a identidade do professor circunscrita a sua particularidade profissional é insuficiente para a necessidade histórica da apreensão da universalidade do trabalho educativo para a formação docente.

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Biografia do Autor

Saulo Rodrigues Carvalho, Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná (UNICENTRO)- campus Guarapuava-PR

Professor Colaborador do Departamento de Pedagogia (DEPED)/UNICENTRO-Guarapuava-PR. Atua na área dos Fundamentos da Educação. Pesquisador do Grupo de Pesquisa em Trabalho, Educação e História- GETEH. Doutor em Educação Escolar pela UNESP/FCL-Araraquara-SP. Mestre em Educação Escolar pela mesma Universidade. 

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Publicado

2016-09-26

Como Citar

Carvalho, S. R. (2016). PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE E SUBORDINAÇÃO DO TRABALHO EDUCATIVO À LÓGICA FLEXÍVEL DA PRODUÇÃO CAPITALISTA. Germinal: Marxismo E educação Em Debate, 8(1), 272. Recuperado de https://periodicos.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/17816

Edição

Seção

Teses e Dissertaçoes: Resumos