PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE E SUBORDINAÇÃO DO TRABALHO EDUCATIVO À LÓGICA FLEXÍVEL DA PRODUÇÃO CAPITALISTA.
Palavras-chave:
Formação de Professores, Identidade Profissional do Professor, Reestruturação Produtiva, Pedagogia Histórico-Crítica, Educação Escolar.Resumo
Esta pesquisa analisa o conceito de Identidade Profissional do Professor, sob o enfoque do Materialismo Histórico-Dialético. Trata-se de uma pesquisa teórico-conceitual a respeito da inter-relação entre a formação de professores na contemporaneidade e as demandas político ideológicas do regime de produção e acumulação flexível do capital. Por conseguinte, o objetivo da mesma é demonstrar, a luz de teorias fundamentadas no materialismo histórico-dialético que a centralidade conferida à construção da identidade docente no processo de formação de professores – tal como advogada hegemonicamente na atualidade – representa uma estratégia de fragilização da referida formação, subjugando cada vez mais a educação escolar aos ditames da sociedade de classes. Nesse sentido, problematizamos o conceito de Identidade Profissional do Professor questionando a sua prerrogativa como forma de superação da crise instaurada pelas mudanças do capitalismo. Neste ínterim, a discussão da identidade profissional do professor ganha destaque especificamente durante o processo de reestruturação capitalista da produção e normatização do padrão flexível de acumulação.A mesma se apresenta como prerrogativa para a formação de professores numa perspectiva crítica e autônoma no âmbito do profissionalismo docente, com o propósito de superar a crise de identidade sobre o trabalho do professor. Do mesmo modo, as determinações da reestruturação produtiva ecoam sobre o magistério sob a forma do empobrecimento dos conteúdos escolares e da substituição de um ensino calcado nos conhecimentos científicos objetivos, por uma formação em afinidade estrutural com as novas exigências do capitalismo contemporâneo. Entendendo-o como uma maneira de adaptação as demandas impostas por essa dinâmica produtiva, discutimos as suas bases teóricas, colocando em suspeição o conceito de identidade. Por fim, defendemos a tese de que a identidade do professor circunscrita a sua particularidade profissional é insuficiente para a necessidade histórica da apreensão da universalidade do trabalho educativo para a formação docente.
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