PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO DOS PROFESSORES DU CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFBA: REALIDADE E POSSIBILIDADES NA FORMAÇÃO DE PROFSSORES
DOI:
https://doi.org/10.9771/gmed.v9i2.16270Palavras-chave:
Palavras-Chave, Produção do Conhecimento, UFBA. Educação Física, Epistemologia, . História.Resumo
A presente dissertação trata de uma investigação que buscou conhecer a realidade em que se desenvolve a produção do conhecimento dos professores doutores efetivos do curso de Educação Física da Universidade Federal da Bahia, considerando os supostos epistemológicos, ontológicos, gnosiológicos, axiológicos. Fundamentada na teoria marxista, apresenta a seguinte problemática: qual a realidade que explica no movimento da história do modo de produção capitalista da existência a produção do conhecimento Stricto Sensu (teses) dos professores efetivos que trabalham no curso de formação de professores de Educação Física da Universidade Federal da Bahia no período de 1993 a 2013? O objetivo foi analisar a realidade que explica no movimento da história do modo produção capitalista, os determinantes da produção do conhecimento Stricto Sensu dos professores doutores efetivos que trabalham no curso de formação de professores de Educação Física da Universidade Federal da Bahia. Para isso, o processo de investigação se desdobrou da seguinte forma: a) mapeamento dos nomes dos professores extraído do site Faculdade de Educação da UFBA; b) acesso a plataforma Lattes para realização da caracterização, considerando: área de graduação; titulação da pós; IES de formação da pós-graduação Stricto Sensu; área do curso de pós-graduação Stricto Sensu; linha de pesquisa; agência de fomento, caso tenha tido bolsa; título da pesquisa; ano de defesa; orientador; c) levantamento das teses nos bancos de dados on-line; d) leitura e análise das teses, e) registro da leitura analítica agrupada num processo de síntese progressiva buscando identificar os dados apontados na matriz epistemológica considerando: nome de pesquisadores; título da pesquisa; autor/data; palavras-chave; objeto de pesquisa; problema/questão central; objetivo geral; relevância social; tese/hipótese; fonte de coletas das informações; técnicas de pesquisa; técnica de análise dos dados; principais conclusões; principais recomendações; critério de cientificidade; supostos ontológicos, gnosiológicos, axiológicos e teleológicos; concepção de formação/educação; concepção de Educação Física. A pesquisa estabeleceu os nexos e as contradições com a formação social brasileira, a história da universidade no Brasil, as políticas neoliberais e as determinações dos organismos multilaterais nos governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva no processo mercadorização do ensino superior e da produção científica, e as orientações dos Planos Nacionais de Pós-Graduação. Conclui apontando que as determinações externas que rebateram nas produções das ideias no âmbito da formação professores do curso de Educação Física UFBA foram: a) atraso e contenção proposital desenvolvimento das forças produtivas no Brasil pelas metrópoles e condescendência de uma classe dominante débil e inerte; b) A constituição tardia da universidade brasileira e um projeto de educação superior voltada para as elites com dependência científica europeia e norte-americana; c) as reformas universitárias buscaram prioritariamente atender os interesses das classes dominantes, médias e do setor produtivo sob o discurso do desenvolvimento nacional; d) a ditadura empresarial-militar e a contenção das ideias marxista para explicação da realidade e a preconização do ideário tecnocrata e subjetivista na produção científica e a privatização do ensino superior; e) as determinações dos projetos educacionais impostos pelos organismos multilaterais- FMI, BM, OMC encabeçado pelas políticas norte-americanas; f) a politica neoliberal como indutora do processo de privatização da universidade pública e do ensino superior e da mercadorização e volatilidade do conhecimento científico; g) os Planos Nacionais de Pós-Graduação como orientadores do conhecimento que precisa se produzido na Universidade. Em suma, a produção do conhecimento analisada, enquanto uma força produtiva, não deve meramente se fundamentar pelas representações, pela subjetividade, pela imagem vazia do real, pela história de vida dos sujeitos, mas efetivamente explicar seus objetos de investigação situados na história real da luta de classes, para que seja possível compreender os nexos e as contradições que vem impedindo o ser humano de desenvolver as múltiplas capacidades e plenas condições de liberdade universal.
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