Marcas Coletivas: análise da marca coletiva “Vinho de Inverno” na viticultura do Distrito Federal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/cp.v17i1.55669

Palavras-chave:

Marcas Coletivas, Vinho de Inverno, Viticultura.

Resumo

O presente artigo versa sobre a análise da marca coletiva “Vinho de Inverno” na vitivinícola do Distrito Federal. O objetivo é compreender de modo exploratório como a marca coletiva tem impactado no crescimento da vitivinícola no Distrito Federal, diante da complexidade do bioma cerrado para a produção de vinhos finos. Utilizou-se como metodologia o estudo de caso. Na análise da discussão, foi realizada a contextulização sobre o metódo da dupla poda e da Anprovin, além disso, foi analisado o crescimento da produção da uva no Distrito Federal, bem como o regimento para uso da marca e como as vinícolas vinculadas à Anprovin consideram a marca coletiva. Como resultado obteve-se que a marca coletiva poderá ser aplicada como uma indicação geográfica quando analisada a sua função dentro do contexto de qualidade e a certificação de procedimentos para obtenção de vinhos finos, no entanto, ao analisar as leis brasileiras, notou-se que a região geográfica ainda necessita alcançar alguns quesitos.

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Biografia do Autor

Lorena Marques Magalhães, Universidade de Brasília

Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Estácio Brasília em 2021.

Alessandro Aveni, Universidade de Brasília

Bacharel em Administração e Mestre em Geografia pela Universidade de Brasília-UnB, Doutor em Ciências Políticas pela Universidade Statale de Milano e em Administração pela Universidade Cormerciale Luigi Bocconi di Milano ambas na Itália. Possui também Especialização em Estratégia Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas – FGV. Foi Gerente de Desenvolvimento da Rede Comercial e de Planejamento e Controle na Royal Dutch Shell/Itália. Exerceu função como gerente de desenvolvimento da rede comercial, gerente de planejamento e controle na Royal Dutch Shell ,Responsável de Tecnologia da Informação em diversos projetos, sociedades de consultoria e bancos italianos. No Brasil, entre 2005 e 2020, atuou como Professor na UnB, nas modalidades presencial e a distância, em Administração, com ênfase em: Análise de Sistemas, Orçamento, Finanças e Matemática Financeira) e por 5 anos no ensino a distância na UNB. Entre 2009 e 2010 lecionou na Universidade Estadual de Goiás – UEG, como Professor de Administração, com ênfase em: Administração Estratégica, Empreendedorismo e Responsabilidade Social, Gestão de Custos. Entre 2012 e 2014 foi estagiário e docente no departamento de Geografia UnB abordando os temas de política e geografia urbana, geografia econômica, geografia de transportes. Está em processo de conclusão do doutorado. Entre 2016 e 2021 Atuou como Professor de Gestão de projetos e Gestão do Terceiro setor no curso de Administração Pública da Faculdade Processus Campus II (nota 5 MEC). Trabalha na Uniprocessus (quando a Faculdade Processus virou Universidade Processus) desde 2022. Foi pesquisador no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA em 2015 (Projeto: Rede Urbana do Brasil) Atualmente é Professor de Gestão do Terceiro setor da faculdade Processus, de Empreendedorismo no Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico – CDT/UnB, onde atua também no ensino de Graduação e Pós-Graduação no Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – PPGPROFNIT/UnB. Empreendedor na área educação desenvolve cursos EAD e material instrucional para instituições de ensino e profissionais. Atualmente é também consultor no projecto 1000 expertos PNRR Italia na Regione Molise na Italia em 2022. Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/0679425851663633

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Publicado

2024-01-01

Como Citar

Magalhães, L. M., & Aveni, A. (2024). Marcas Coletivas: análise da marca coletiva “Vinho de Inverno” na viticultura do Distrito Federal. Cadernos De Prospecção, 17(1), 18–32. https://doi.org/10.9771/cp.v17i1.55669

Edição

Seção

Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento