Novos Derivados de Plantas Medicinais para Tratamento da Tuberculose em Documentos de Patente
DOI:
https://doi.org/10.9771/cp.v15i1.37360Palavras-chave:
Mycobacterium tuberculosis, Desenvolvimento de Medicamentos, Biodiversidade.Resumo
O presente trabalho realizou uma prospecção tecnológica a partir de patentes para identificação de derivados das plantas medicinais para o tratamento da tuberculose. O uso de patentes como fonte de informação pode otimizar o desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento da tuberculose. A identificação de novas tecnologias foi realizada pelo portal Orbit Intelligence, utilizando a sentença “(+tuberculos+)/TI/AB AND (A61K OR A61P)/IPC AND PRD >= 2015” como estratégia de pesquisa. Foram identificadas 16 famílias de patentes apresentando derivados de plantas medicinais com evidência de eficácia in vitro contra cepas resistentes de Mycobacterium tuberculosis. A proteção patentária dos produtos naturais identificados está restrita aos países dos detentores dos novos produtos: China, República da Coreia e Rússia. A maior parte dos derivados de plantas medicinais identificados são substâncias isoladas, principalmente flavonoides e terpenos, extraídos de diferentes espécies de plantas, caracterizando-se, dessa forma como, fitofármacos.
Downloads
Referências
AUBRY, A. et al. Mycobacterium tuberculosis DNA gyrase: interaction with quinolones and correlation with antimycobacterial drug activity. Antimicrob Agents Chemother., [s.l.], v. 48, n. 4, p. 1.281-1.288, 2004.
AZEVEDO, V. S. et al. Prospecção Científica e Tecnológica da Tuberculose no Maranhão e o Uso Medicinal da Copaifera Langsdorffii no Tratamento. Cadernos de Prospecção, Salvador, v. 13, n. 3, p. 707-720, 2020.
BOLZANI, V. da S. Biodiversidade, bioprospecção e inovação no Brasil. Cienc Cult., [s.l.], v. 68, n. 1, p. 4-05, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2019. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil_2_ed.pdf. Acesso em: 21 set. 2019.
COHEN, J. The New World of Global Health [News Focus]. Science, [s.l.], v. 311, p. 162-167, 2006.
DENG, S.; WEST, B. J.; JENSEN, J. C. A quantitative comparison of phytochemical components in global noni fruits and their commercial products. Food Chem., [s.l.], v. 122, p. 267-270, 2010.
FERREIRA NETO, P. T. P.; OLIVEIRA, V. G.; PIMENTA, F. P. Novas tecnologias para o tratamento da tuberculose: o que as patentes nos dizem. Química Nova, [s.l.], v. 43, n. 7, p. 998-1009, 2020.
GARCIA, A. et al. Recent advances in antitubercular natural products. Eur. J. Med. Chem., [s.l.], v. 49, p. 1-23, 2012.
GAUTAM, R.; SAKLANI, A.; JACHAK, S. M. Indian medicinal plants as a source of antimycobacterial agents. J Ethnopharmacol., [s.l.], v. 110, p. 200-234, 2007.
GOMES, M. N. et al. QSAR-driven design, synthesis and discovery of potent chalcone derivatives with antitubercular activity. Eur J Med Chem., [s.l.], v. 137, p. 126-138, 2017.
HASENCLEVER, L. et al. A indústria de fitoterápicos brasileira: desafios e oportunidades. Cien. Saúde Colet., [s.l.], v. 22, n. 8, p. 2.559-2.569, 2017.
HE, X. et al. Bletilla striata: medicinal uses, phytochemistry and pharmacological activities. J. Ethnopharmacol., [s.l.], v. 195, p. 20-38, 2017.
LEE, S. Y. et al. Anti-inflammatory effects of ginsenoside Rg1 and its metabolites ginsenoside Rh1 and 20(S)-protopanaxatriol in mice with TNBS-induced colitis. Eur. J. Pharmacol., [s.l.], v. 762, p. 333-343, 2015.
LIBARDO, J. M.; BOSHOFF, H. I.; BARRY, C. E. The present state of the tuberculosis drug development pipeline. Curr Opin Pharmacol., [s.l.], v. 42, p. 81-94, 2018.
MANDAL, N. et al. Diagnosis and treatment of pediatric tuberculosis: An insight review. Crit Rev Microbiol., [s.l.], v. 43, n. 4, p. 466-480, 2017.
MAZLUN, M. H. et al. Phenolic Compounds as Promising Drug Candidates in Tuberculosis Therapy. Molecules, [s.l.], v. 24, n. 13, p. 2.449, 2019.
OKOKON, J. E. et al. Antimalarial and antiplasmodial activity of husk extract and fractions of Zea mays. Pharm Biol., [s.l.], v. 55, n. 1, p. 1.394-1.400, 2017.
PIMENTA, F. P. A patente como fonte de informação (des) necessária para a Biotecnologia em Saúde. TransInformação, [s.l.], v. 29, n. 3, p. 323-332, 2017.
PIMENTEL, V. et al. Biodiversidade brasileira como fonte da inovação farmacêutica: uma nova esperança? Revista do BNDES, [s.l.], v. 43, p. 41-89, 2015.
QASAYMEH, R. M. et al. Predictive Binding Affinity of Plant-Derived Natural Products Towards the Protein Kinase G Enzyme of Mycobacterium tuberculosis (MtPknG). Plants, [s.l.], v. 8, n. 11, p. 477, 2019.
SANTHOSH, R. S.; SURIYANARAYANAN, B. Plants: A source for new antimycobacterial drugs. Planta Med., [s.l.], v. 80, p. 9-21, 2014.
SANTOS, M. et al. Prospecção de tecnologias de futuro: métodos, técnicas e abordagens. Parc. Estrat., [s.l.], v. 9 n. 19, p. 189-229, 2004.
SANTOS-GANDELMAN, J.; MACHADO-SILVA, A. Drug development for cryptococcosis treatment: what can patents tell us? Mem. Inst. Oswaldo Cruz, [s.l.], v. 114, e180391, 2019.
SASIKUMAR, K.; GHOSH, A. R.; DUSTHACKEER, A. Antimycobacterial potentials of quercetin and rutin against Mycobacterium tuberculosis H37Rv. 3 Biotech., [s.l.], v. 8, n. 10, p. 427, 2018.
SHARIFI-RAD, J. et al. Medicinal plants used in the treatment of tuberculosis ethnobotanical and ethnopharmacological approaches. Biotechnol Adv., [s.l.], p. 107134, 2017.
SIENIAWSKA, E. et al. Natural terpenes influence the activity of antibiotics against isolated Mycobacterium tuberculosis. Med Princ Pract., [s.l.], v. 26, p. 1-17, 2017.
SIMÕES, C. M. A. et al (org.). Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS. Florianópolis: Editora da UFSC, 2010. 1.104p.
SURIYANARAYANAN, B.; SHANMUGAM, K.; SANTHOSH, R. S. Synthetic quercetin inhibits mycobacterial growth possibly by interacting with DNA gyrase. Rom Biotechnol Lett., [s.l.], v. 18, p. 1.587-1.593, 2013.
VILLAUME, S. A. et al. Natural and Synthetic Flavonoids as Potent Mycobacterium tuberculosis UGM Inhibitors. Chem Eur J., [s.l.], v. 23, n. 43, p. 10.423-10.429, 2017.
WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global tuberculosis report 2019. Geneva: 2019. Disponível em: https://www.who.int/tb/publications/global_report/en/. Acesso em: 22 out. 2019.
WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Neglected tropical diseases. [2020]. Disponível em: https://www.who.int/neglected_diseases/diseases/en/. Acesso em: 15 jan. 2020.
XU, Z. et al. MmpL3 is the flippase for mycolic acids in mycobacteria. Proc Natl Acad Sci U S A., [s.l.], v. 114, n. 30, p. 7.993-7.998, 2017.
ZHENG, Y. et al. Identification of plant-derived natural products as potential inhibitors of the Mycobacterium tuberculosis proteasome. BMC Complement Altern Med, [s.l.], v. 14, n. 400, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Cadernos de Prospecção
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O autor declara que: - Todos os autores foram nomeados. - Está submetendo o manuscrito com o consentimento dos outros autores. - Caso o trabalho submetido tiver sido contratado por algum empregador, tem o consentimento do referido empregador. - Os autores estão cientes de que é condição de publicação que os manuscritos submetidos a esta revista não tenham sido publicados anteriormente e não sejam submetidos ou publicados simultaneamente em outro periódico sem prévia autorização do Conselho Editorial. - Os autores concordam que o seu artigo ou parte dele possa ser distribuído e/ou reproduzido por qualquer forma, incluindo traduções, desde que sejam citados de modo completo esta revista e os autores do manuscrito. - Revista Cadernos de Prospecção está licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution 4.0. Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.![Licença Creative Commons](https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.