Movimento de laboratórios para inovação como lócus de solidariedade democrática e de enfrentamento à pandemia COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.9771/ns.v11i21.38500Palabras clave:
Movimentos sociais, Gestão pública, Gestão social, Política pública, Laboratórios de inovação.Resumen
O contexto deste estudo tem como ponto de partida a emergência e o crescimento gradual em escala global do movimento de laboratórios para inovação em diferentes localidades. Neste sentido, o presente ensaio tem a proposta de analisar este movimento como lócus de solidariedade democrática. Este objetivo surgiu a partir do pressuposto de que o esclarecimento acerca do labs movement não esteja suficiente e sincronizado com a velocidade do seu crescimento e avanço global (muitas vezes centrados na língua inglesa e em padrões de países desenvolvidos), ao ponto das pessoas não serem capazes de acompanhar e compreender a sua essência, bem como suas consequências. Argumenta-se que esta possível incompreensão pode estar associada ao desconhecimento da própria composição ideária deste movimento. A caracterização apresentada e análise empreendida revelaram que o movimento de laboratórios para inovação possui solidariedade democrática, mesmo que em potencial. Ao final, são apontadas considerações com reflexões e implicações para pesquisadores, práticos e interessados neste tema.
Descargas
Citas
Ahmed, S. A., & Ali, S. M. (2006). People as partners: Facilitating people's participation in public–private partnerships for solid waste management. Habitat International, 30(4), 781-796. https://doi.org/10.1016/j.habitatint.2005.09.004
Bergvall-Kåreborn, B., Ihlström Eriksson, C., Ståhlbröst, A., & Svensson, J. (2009). A Milieu for Innovation - Defining Living Lab. Presented at the 2nd ISPIM Innovation Symposium, New York City, New York, United States, December 6–9.
Brunkhorst, H. (2005). Solidarity: from civic friendship to a global legal community. Cambridge, MA: MIT Press.
Castells, M. (2009). A sociedade em rede (Vol. 1). São Paulo: Paz e Terra.
Criado, J. I., Dias, T. F., Sano, H. (2020). i-Labs and Public Administration: Public Innovation and the Future of Public Sector. In: Farazmand A. (eds) Global Encyclopedia of Public Administration, Public Policy, and Governance. Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-319-31816-5_3955-1
Della Porta, D., & Tarrow, S. (2005). Transnational protest and global activism. New York: Rowman and Littlefield.
Durkheim, E. (2010). Da divisão do trabalho social (4th ed.). São Paulo: Martins Fontes. (Obra original publicada em 1895)
Durkheim, E. (2019). As regras do método sociológico. Petrópolis: Vozes. (Obra original publicada em 1893)
Dutilleul, B., Birrer, F. A. J., & Mensink, W. (2010). Unpacking European living labs: Analysing innovation's social dimensions. Central European Journal of Public Policy, 4, 60–85.
Emmendoerfer M. L. (2019a) Innovation, Brazil. In Farazmand A. (ed.) Global Encyclopedia of Public Administration, Public Policy, and Governance. Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-319-31816-5_3764-1
Emmendoerfer, M. L. (2019b). Inovação e empreendedorismo no setor público. Brasilia: ENAP. Recuperado de https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/4282 /1/6_Livro_Inova%C3%A7%C3%A3o%20e%20empreendedorismo%20no%20setor%20p%C3%BAblico.pdf
Emmendoerfer, M. L., Olavo, A. V. A., & Carvalho Junior, J. R. A. (2019). Laboratórios de Inovação e a Questão de sua Introdução em Organizações Públicas. Anais do Encontro Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração, São Paulo, SP, Brasil, 43.
Emmendoerfer, M. L., Olavo, A. V. A., Silva-Junior, A. C., Mediotte, E. J., Ferreira, L. L. (2020). Innovation lab in the touristic development context: perspectives for creative tourism. In A. R. Gonçalves, J. F. Marques, M. Tavares & S. M. Cabeça (eds.) Creative Tourism Dynamics: Connecting Travellers, Communities, Cultures, and Places (pp.87-101). Coimbra: Editora Grácio. Recuperado de https://sapientia.ualg.pt/ bitstream/10400.1/14104/1/Creative_Tourism%20_Dynamics_ebook%20.pdf
Gershenfeld, N. A. (2005). Fab: The Coming Revolution on your Desktop—From Personal Computers to Personal Fabrication. New York: Basic Books.
Knorr-Cetina, K. Epistemic cultures: how the sciences make knowledge. Cambridge: Harvard University Press, 1999.
Lave, J., & Wenger, E. Situated learning: legitimate peripheral participation. Cambridge: Cambridge University Press, 1991.
Laville J.L., & Eynaud P. (2019). Rethinking social enterprise through philanthropic and democratic solidarities. In Eynaud P., Laville J.L., Dos Santos L.L.., Banerjee S., Hulgard H., Avelino F. (eds.). Theory of social enterprise and pluralism: Social Movements, Solidarity Economy, and Global South (Chapter 2, pp.1-19). Oxford: Routledge. Recuperado de http://www.jeanlouislaville.fr/wp-content/uploads/2019/10/Part1_02 _Chapter2.pdf
Leadbeater, C. (2014, November 27). Hooked on labs: the experimental life is being created all around us - The Long & Short. London, UK: Nesta. https://thelongandshort.org/spaces/experimental-innovation-labs
Leminen, S., & Westerlund, M. (2019). Living labs: From scattered initiatives to a global movement. Creativity and Innovation Management, 28(2), 250-264. https://doi.org/10.1111/caim.12310
Levenda, A. M. (2018). Urban living labs for the smart grid: Experimentation, governmentality and urban energy transitions. In S. Marvin, H. Bulkeley, L. Mai, K. McCormick, Y.V. Palgan, Y. V. (Eds.). Urban living labs: Experimenting with city futures (Chapter 4, pp.52-73). Abingdon, UK: Routledge.
Majamaa, W. (2008). The 4th P - People - in Urban Development Based on Public-Private-People Partnership. (Doctoral dissertation). Helsinki University of technology, Finland. Recuperado de https://core.ac.uk/download/pdf/80703539.pdf
Mauss, M. (2008). Ensaio sobre a Dádiva. Lisboa: Edições 70. (Obra original publicada em 1925)
McGann; M., Blomkamp, E., & Lewis, J. M. (2018). The rise of public sector innovation labs: experiments in design thinking for policy. Policy Sciences, 51(3), 249-267.
Memon, A. B., & Meyer, K. (2020). Towards the functional roles of an innovation laboratory as a platform for innovation: an observational approach. In Memon, A. B., & Meyer, K. (eds.). Disruptive Technology: Concepts, Methodologies, Tools, and Applications (pp. 555-574). Hershey: IGI Global. https://doi.org/10.4018/978-1-5225-9273-0.ch027
Rivera, C. J., & Savage, C. (2020). Campuses as living labs for sustainability problem-solving: trends, triumphs, and traps. Journal of Environmental Studies and Sciences, 10, 334–340. https://doi.org/10.1007/s13412-020-00620-x
Robertson, R. (1995) Globalization: Time-space and homogeneity-heterogeneity. In M. Featherstone, S. Lash, & R.V. Robertson (Eds.). Global modernities. London, UK: Sage.
Robertson, R. (2018). Glocalization. In Callan, H., & Coleman, S. (eds.) The International Encyclopedia of Anthropology. Hoboken, NJ: Wiley Online Library. https://doi.org/10.1002/9781118924396.wbiea2275
Sano, H. (2020). Laboratórios de inovação no setor público: mapeamento e diagnóstico de experiências nacionais. [cadernos ENAP n.69]. Brasília: ENAP. Recuperado de https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/5112/1/69_Laboratorios_ inovacao_governo_completo_final_23062020.pdf
Scaillerez, A., & Tremblay, D. G. (2017). Coworking, fab labs et living labs. État des connaissances sur les tiers lieux. Territoire en mouvement Revue de géographie et aménagement. Territory in movement Journal of geography and planning, (34). https://doi.org/10.4000/tem.4200
Schuurman, D. (2015). Bridging the gap between Open and User Innovation?: exploring the value of Living Labs as a means to structure user contribution and manage distributed innovation (Doctoral dissertation). Ghent University, Belgium. Recuperado de https://biblio.ugent.be/publication/5931264/file/5931265.pdf
Selloni, D., Staszowski, E., Bason, C., Schneider, A., & Findeiss, A. (2013). Gov innovation labs: Constellation 1.0. New York City. Recuperado de http://nyc.pubcollab.org/public-innovation-places/
Silva, S. B., & Bitencourt, C. C. (2019). Open Social Innovation in Living Labs. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 13(3), 16-34. https://doi.org/10.12712/rpca.v13i3.32914
Ståhlbröst, A. (2012). A set of key principles to assess the impact of Living Labs. International Journal of Product Development, 17(1-2), 60-75.
Tarrow, S. (1998). Power in movement: Social movements and contentious politics. Cambridge: Cambridge University Press. https://doi.org/ 10.1017/CBO9780511813245
Trivinho, E. (2005) Comunicação, glocal e cibercultura. Bunkerização da existência no imaginário mediático contemporâneo. Fronteiras-estudos midiáticos, 7(1), 61-76. http://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/6385.
Tõnurist, P., Kattel, R., Lember, V. (2015). Discovering Innovation Labs in the Public Sector. Working Papers in Technology Governance and Economic Dynamics, 61. Recuperado de http://hum.ttu.ee/wp/paper61.pdf
Troxler, P. (2016). Fabrication laboratories (fab labs). In J.P. Ferdinand, U. Petschow, D. Sascha (Eds.). The Decentralized and Networked Future of Value Creation (pp. 109-127). Cham: Springer.
Williamson, B. (2015). Governing methods: policy innovation labs, design and data science in the digital governance of education, Journal of Educational Administration and History, 47(3), 251-271, http://www.doi.org/10.1080/00220620.2015.1038693
