Brasil, crise da Covid-19 e resposta presidencial
DOI:
https://doi.org/10.9771/ns.v11i21.42234Abstract
O presente artigo de natureza teórico-empírica foi realizado durante o ano de 2020, com o intuito de contribuir à compreensão das condições que possibilitaram a emergência e a permanecia no poder do “fenômeno Bolsonaro” em meio à pandemia da Covid-19, que contabilizava ao final do mês de agosto do mesmo ano, cerca de 4 milhões de pessoas contaminadas e mais de 118 mil mortos no Brasil. No que tange ao processo que conduziu Bolsonaro ao cargo de Presidente da República Federativa do Brasil constatou-se um exemplo de populismo compreendido como construção política com lógica social própria, cujas condições são dadas a partir de um corte no establishement em decorrência da insatisfação do povo para com a estrutura institucional vigente face ao não atendimento de suas demandas, o que abre espaço à substituição do governante no poder por um novo líder elevado à condição idealizada pelo povo (Laclau:2013). Já com relação ao perfil do Presidente Bolsonaro que emerge na gestão da pandemia do Coronavírus, constatou-se a presença de cumulativos atributos inerentes à pratica política do fascismo, conforme descrito por Adorno (2007), Albright (2018), Safatle (2016).
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