BASES EPISTEMOLÓGICAS NA FORMAÇÃO ACADÊMICA
A PERCEPÇÃO DISCENTE SOBRE AS MATRIZES DO SABER EM CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UFPE
DOI:
https://doi.org/10.9771/revin.v0i29.46825Abstract
O presente artigo explora a percepção discente acerca das epistemologias experienciadas nos cursos de graduação em Licenciatura em Geografia, em Bacharelado, em Ciências Contábeis e em Licenciatura em Letras, da UFPE. Com o intuito de acessar o universo epistemológico acionado pela docência à apreensão pelo alunado, aplicou-se um questionário on-line com vista a compreender a natureza dessas matrizes de saber, sob o desígnio final de verificar se há uma harmonização entre os espaços dados às autorias historicamente subalternizadas na mesma medida em que se explora o referencial hegemônico de base eurocêntrica. Por conseguinte, apurou-se a vigência de uma perspectiva verticalizadora, cartesiano-positivista, eurocêntrico-colonialista no tocante às bases epistemológicas levadas como referencial bibliográfico às aulas, haja vista a primazia de autorias componentes dos referentes de norte, em detrimento às do sul colonizado. Portanto, com base no alicerce teórico de Soares (2001) e Ribeiro (1993), quanto à educação, de Henriques (2021, 2019) alusivo à educação crítica, e de Assupção (2004) e Fávero (2006), para o debate entre as epistemologias do norte e do sul no cenário acadêmico, discutir-se-á o papel da educação superior na formação inclusiva de cidadãos e de profissionais nas sociedades sul-americanas.