EXPERIÊNCIAS A PARTIR DO COMPONENTE PROCESSOS DE ENCENAÇÃO COMO PISTAS PARA PRÁTICAS DECOLONIAIS

Auteurs

  • Ana Paula Penna da Silva Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
  • Amanda Mayer Universidade Federal da Bahia
  • Gabriel Carvalho Universidade Federal da Bahia
  • Kael Brito Universidade Federal da Bahia
  • Micaela Santos Universidade Federal da Bahia
  • Monalisa Barbosa Universidade Federal da Bahia

Résumé

Este artigo versa sobre reflexões emergentes a partir de nossas experiências, como professora e como estudantes, no componente curricular Processos de Encenação, desenvolvido no primeiro semestre de 2023, na Escola de Teatro/Universidade Federal da Bahia (UFBA). Tal componente, por seu caráter teórico-prático e por abarcar múltiplas perspectivas e muitos saberes envolvidos na criação de um espetáculo, suscitou que fossem colocados em prática modos mais dialógicos e horizontalizados de criação, valorizando as singularidades dos estudantes, desenvolvendo interesse pela pesquisa da linguagem, por práticas pedagógicas diferenciadas e por processos artísticos colaborativos, que em alguns casos se desdobraram para além do curso. Nesta escrita, compartilhamos as possibilidades de uma pedagogia que, buscando tirar a figura da professora do centro, coloca em evidência o conhecimento, as singularidades, os gostos e as experiências dos estudantes, em prol da difusão e criação de saberes e práticas sobre a encenação, seus processos, poéticas, estéticas, matrizes culturais. O curso resultou na criação de uma diversidade de cenas, que recorrem a distintas perspectivas cênicas: musical, cordel, performance, teatro físico, teatro de improviso e outros, com alguns estudantes criando desdobramentos a partir dessas experiências. Embora o termo decolonial não tenha sido mencionado durante as aulas da professora e pesquisadora Ana Paula Penna, orientadora do processo aqui descrito, questionamentos sobre o que seriam práticas pedagógicas decoloniais atravessaram a experiência, dando pistas sobre esta perspectiva. A experimentação se sustentou em algumas referências fundamentais: a noção de experiência, de Jorge Larrosa Bondía; as discussões acerca do surgimento do encenador – nas perspectivas de Jean-Jacques Roubine e Walter Lima Torres Neto; as Pedagogias das Encruzilhadas, de Luiz Rufino; a educação para a liberdade, de bell hooks; além da Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire. PALAVRAS-CHAVE: Pedagogias do Teatro. Processos de Encenação. Pedagogias Decoloniais. Processo de Criação. Processualidade.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur

Ana Paula Penna da Silva, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Atriz e performer, graduada em Interpretação pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Ana Paula Penna desenvolve pesquisa de doutorado junto ao Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. É  atualmente professora substituta na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia. É autora do livro Para furar muros invisíveis.

Amanda Mayer, Universidade Federal da Bahia

Multiartista, licencianda em Teatro pela UFBA, Amanda Mayer pesquisa a expressividade corporal e as fronteiras entre arte e terapia, a partir do cruzo entre teatro, dança, performance e poesia. Também atua como produtora e iluminadora. Atuou em REPLAY: para não esquecer (2023) – Cia. Abismus; codirigiu Silêncios Inquilinos (2023), que se desdobrou na oficina Onde Mora Meu Silêncio?; e produziu o evento independente Cabaretta: Fodam-se os Caretas.

Gabriel Carvalho, Universidade Federal da Bahia

Formado em Letras Vernáculas e graduando em Direção Teatral, ambos pela UFBA. Atua como poeta, roteirista e dramaturgo, além de produtor cultural da Carranca Produções e da Praça Produções Culturais. É diretor e roteirista do projeto audiovisual Histórias Grapiúnas, pesquisa documental sobre a região sul da Bahia.

Kael Brito, Universidade Federal da Bahia

Artista da dança e do teatro, natural de Salvador, Kael Brito cursa Licenciatura em Teatro na UFBA. Atuou nos espetáculos O Último Tolo Dinamarquês (2023) e REPLAY – Para Não Esquecer (2023), que foram dirigidos por Gabriel Nascimento. Codirigiu e produziu a cena de Teatro Musical Meu Coração de Jonas, com Gabri Tavares. No audiovisual, participou do curta Paranóias (2023), de Clara Flores. Tem experiência com ballet clássico, street jazz, sapateado e canto.

Micaela Santos, Universidade Federal da Bahia

Micaela Christina Santos é atriz e estudante da Licenciatura em Teatro da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA); bolsista no Núcleo de Apoio à Inclusão do Aluno com Necessidades Educacionais Especiais da UFBA.

Monalisa Barbosa, Universidade Federal da Bahia

Arte-educadora, atriz e produtora, Monalisa Barbosa, nascida e criada no bairro de Sussuarana, em Salvador, cursa Licenciatura em Teatro pela Universidade Federal da Bahia.      

Téléchargements

Publiée

2024-04-24