UM BÊ-Á-BÁ DA MÁSCARA: notas sobre cultura, ficção, destino e dramaturgia
Abstract
Os géneros literários e os subgéneros do drama são definidos, em parte, pela consciência de si que as personagens têm. As personagens que chegam a ter consciência de ser fictícias revelam de modo mais claro a contradição entre imaginação e ação; a continuidade entre vida e teatro; e a condição do ator em cena. Nalguns rituais, o actor dilui-se na figura que está a encarnar. Nalgumas performances, não existe figura ficcional alguma. O teatro estaria entre estes dois polos de consciência, tentando responder à questão de saber se somos reais ou não através da experiência teatral. Se o teatro é a encenação do conflito entre o eu e os outros, ao mesmo tempo ritualizado e performado, a dramaturgia é a invenção de máscaras que reflictam a consciência do conflito. PALAVRAS-CHAVE: Géneros teatrais. Personagem. Consciência.
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