DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DO AEDES AEGYPTI E DE ARBOVIROSES NA BACIA DO RIO CAMARAJIPE, EM SALVADOR – BAHIA
DOI:
https://doi.org/10.9771/gesta.v0i2.48960Palavras-chave:
Arboviroses, Aedes aegypti, Saúde Pública, Bacia do Rio CamarajipeResumo
Nos últimos anos no Brasil, os vírus da dengue, Zika e Chikungunya passaram a circular conjuntamente, trazendo grande preocupação para a saúde pública devido às suas manifestações graves, bem como pelo fato do seu principal vetor, o mosquito Aedes aegypti, estar presente nos grandes centros urbanos brasileiros, como Salvador, capital da Bahia. Por isso, o presente trabalho tem como objetivo analisar espacial e temporalmente a ocorrência de dengue, Zika e chikungunya e os níveis de infestação pelo Aedes aegypti, nos bairros que compõem a bacia hidrográfica do Rio Camarajipe, em Salvador, no período de 2014 a 2018. Utilizou-se dados dos índices de Breteau (IB), Infestação Predial (IIP) e Por Tipo de Recipiente (ITR) do Aedes aegypti provenientes do Centro de Controle de Zoonoses e a ocorrência das três arboviroses da Vigilância Epidemiológica de Salvador. Foi realizada análise descritiva, espacial e temporal das variáveis. Os resultados indicaram que entre 2015 e 2018, a maioria dos bairros apresentaram IB e IIP no limiar de risco médio de epidemias, sendo o ano de 2015 o mais crítico, por apresentar os maiores índices médios do período, superiores aos da cidade. No Levantamento de Índice Amostral de 2015, 25% dos bairros apresentaram níveis críticos de infestação, isto é, pelo menos 4% dos domicílios pesquisados continham larvas do Aedes aegypti ou a cada 100 imóveis pesquisados eram encontrados 4 recipientes positivos para larvas do mosquito. Esses resultados não se restringiram a esse levantamento, sendo tendência em todas as regiões da bacia hidrográfica do Rio Camarajipe. Os depósitos móveis como vasos de plantas (Grupo B) foram os criadouros mais representativos para o Aedes aegypti. Outro ponto relevante é que os depósitos do Grupo C como piscinas não tratadas, calhas e ralos, foram predominantes nos bairros de melhor infraestrutura e com população de maior nível socioeconômico, região do Baixo Camarajipe. Quanto à incidência das arboviroses, os dados indicaram subnotificação de casos de Zika e chikungunya. Quanto à dengue, 2014 e 2015 foram os anos de maior incidência. Entretanto, a partir de 2016 os casos dessa arbovirose reduziram significativamente, seguindo uma tendência nacional.
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