AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DO POTENCIAL DE REÚSO NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Autores

  • Marília Carvalho de Melo Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Universidade Vale do Rio Verde
  • Marcelo da Fonseca Instituto Mineiro de Gestão das Águas
  • Lilia Aparecida Castro Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
  • Renata Batista Ribeiro Instituto Mineiro de Gestão das Águas Universidade Vale do Rio Verde
  • Fabrício Lisboa Vieira Machado Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

DOI:

https://doi.org/10.9771/gesta.v9i2.43743

Resumo

Um dos principais desafios para a gestão das águas na atualidade diz respeito à relação inversa entre o aumento da demanda e a redução da disponibilidade do recurso. Nesse sentido, deverão ser adotadas medidas, por parte do poder público, capazes de enfrentar os desafios existentes e fomentar a busca por fontes alternativas de água. Com base nisso, o presente artigo tem como objetivo discutir o potencial de reúso de água a partir de efluente tratado, em Minas Gerais, para atendimento às demandas, com foco na quantidade disponível e necessária. Para tanto, o artigo percorreu três etapas, em que foram avaliadas a disponibilidade de efluente para reúso em cenários atual e futuro, a demanda total por água nas bacias hidrográficas do estado e a razão entre a disponibilidade de efluente de esgoto doméstico para reúso e a demanda existente regionalmente. Em todas as etapas, analisaram-se dados quantitativos de instituições reguladoras, representados por mapas de síntese dos cenários. Os resultados revelaram que Minas Gerais trata somente 43,7% do total de esgoto gerado, cujos maiores indicadores estiveram concentrados nas bacias dos rios das Velhas (SF5), Paraopeba (SF3) e Araguari (PN1), regiões mais populosas do estado. Das bacias citadas, apenas Velhas e Araguari possuem capacidade de tratar acima de 50% do esgoto gerado, o que explicita a dificuldade de atender as metas de universalização do tratamento. Do ponto de vista da demanda pelo uso da água, as bacias da região central do estado se destacaram pelos montantes captados para abastecimento público, enquanto as bacias do Triângulo Mineiro e Noroeste se destacaram os usos agropecuários, com até 96% do total captado. Isso revela importante polo regional para incentivo ao reúso de água, tendo em vista as exigências dos padrões de qualidade e o potencial do volume de esgoto tratado para atender até 54% dos usos agrícolas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marília Carvalho de Melo, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Universidade Vale do Rio Verde

Engenheira Civil com ênfase em Saneamento e Mestre em Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Minas Gerais, Pós-Graduada em Gestão com ênfase em Negócios pela Fundação Dom Cabral e Doutora em Engenharia Civil com ênfase em Recursos Hídricos e Saneamento pela UFRJ. Docente e coordenadora do programa de mestrado Sustentabilidade em Recursos Hídricos na Universidade Vale do Rio Verde – Unincor. Atualmente é Secretária de Estado de Maio Ambiente e Desenvolvimento sustentável no Estado de Minas Gerias. Foi Diretora Geral e Diretora de Monitoramento e Fiscalização Ambiental do Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM. Secretária de Estado Adjunta de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Subsecretária de Fiscalização Ambiental da SEMAD.

Marcelo da Fonseca, Instituto Mineiro de Gestão das Águas

Engenheiro Civil pelo Universidade Federal de Ouro Preto, com mestrado em engenharia civil também pela UFOP e especialização em meio ambiente com ênfase em gestão de recursos hídricos. É analista ambiental do Instituto Mineiro de Gestão das Águas – Igam deste 2006, neste período exerceu as atividades de analista ambiental, diretor de fiscalização de recursos hídricos, atmosféricos e do solo, superintendente de fiscalização ambiental integrada e subsecretário de controle, fiscalização ambiental integrada da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, chefe de gabinete do Igam e Diretor de Planejamento e Regulação do Igam. Atualmente é professor universitário e Diretor-Geral do Igam.

Lilia Aparecida Castro, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Engenheira Ambiental, Especialista em Gestão, Auditoria e Licenciamento Ambiental pela Universidade Norte do Paraná, Superintendente de Saneamento Básico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (SEMAD)

Renata Batista Ribeiro, Instituto Mineiro de Gestão das Águas Universidade Vale do Rio Verde

Possui graduação em Direito pela Universidade Fumec (2008), especialização em Direito Processual (2016) e em Direito Ambiental (2019), ambas pela Puc Minas. É empregada pública da Companhia de Saneamento de Minas Gerais - Copasa e está cedida ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas - Igam para o exercício da função de chefia de gabinete. Atuou por mais de cinco anos na área de fiscalização ambiental na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Semad.

Fabrício Lisboa Vieira Machado, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Geógrafo, Mestre em Análise Ambiental e Doutorando em Geografia Aplicada e Geotecnologias pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente, é diretor de Gestão Territorial Ambiental na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Semad-MG.

Downloads

Publicado

2021-09-15

Como Citar

Melo, M. C. de, da Fonseca, M., Castro, L. A., Ribeiro, R. B., & Machado, F. L. V. (2021). AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DO POTENCIAL DE REÚSO NO ESTADO DE MINAS GERAIS. Revista Eletrônica De Gestão E Tecnologias Ambientais, 9(2), 141–157. https://doi.org/10.9771/gesta.v9i2.43743

Edição

Seção

Edição Especial REUSO DE ÁGUAS 2021