AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DE RISCO MICROBIOLÓGICO À SAÚDE HUMANA ASSOCIADO AO REÚSO DE ESGOTO DOMÉSTICO TRATADO POR SOLUÇÕES BASEADAS NA NATUREZA

Autores

  • Vinicius Bispo dos Santos Universidade Católica Dom Bosco.
  • Paula Loureiro Paulo Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
  • Priscila Sabioni Cavalheri Universidade Católica Dom Bosco.
  • Priscila de Morais Lima Swedish University of Agricultural Sciences.
  • Fernando Jorge Correa Magalhaes Filho Universidade Católica Dom Bosco.

DOI:

https://doi.org/10.9771/gesta.v9i2.43635

Resumo

Diferentes alternativas para o reúso de esgoto doméstico tratado têm sido estudadas de forma extensiva, buscando principalmente tecnologias de tratamento com melhor desempenho na remoção de patógenos. As soluções baseadas na natureza têm se destacado pela sua capacidade de remoção de poluentes, com processos ecológicos, simples e robustos, entretanto, necessitam de maiores estudos relacionados aos riscos que envolvem o reúso de água a partir do esgoto tratado. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi quantificar os riscos à saúde humana no reúso de esgoto doméstico tratado para fins agrícolas, por meio de uma Avaliação Quantitativa de Risco Microbiológico (AQRM). Foram avaliados três processos de tratamento: Tanque séptico (TS) + Wetland Construído de Fluxo Vertical (WC-FV), TS + Lagoas de Estabilização e TS + Lagoas de Estabilização + WC-FV, utilizando E. coli como indicador, e Campylobacter, Cryptosporidium e Rotavirus como patógenos de referência. Foi definido como potencial risco um cenário crítico, qual seja, o consumo de culturas cruas de alface, cebola e pepino, assim como os riscos oferecidos na irrigação por aqueles que trabalham nos campos irrigados e podem ingerir involuntariamente quantidades (partículas) de solo contaminado (contato da mão na boca, sem equipamento de proteção individual, como luvas), a partir de três subcenários: a agricultura mecanizada (AAM), agricultura com mão de obra intensiva (AMI) e agricultura com mão de obra reduzida (AMR). Os resultados demonstraram que os arranjos TS + WC-FV, TS + Lagoas de Estabilização e TS + Lagoas de Estabilização + WC-FV atenderiam o valor estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de 10-6 DALYs pppy (anos de vida ajustados por incapacidade, por pessoa por ano) nas culturas de pepino e cebola, e, no subcenário de AAM, somente atenderia o cultivo de alface. Caso o valor de DALYs pppy fosse menos restritivo (10-4), já que a incidência diarreica é superior em países em desenvolvimento (10-2), atenderia para o consumo de todas as culturas e todos os subcenários.

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Biografia do Autor

Vinicius Bispo dos Santos, Universidade Católica Dom Bosco.

Engenheiro Sanitarista e Ambiental pela Universidade Católica Dom Bosco.

Paula Loureiro Paulo, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Engenheira Química pela UEM. Mestre em Engenharia de Saúde Pública pela Universidade de Leeds - UK. Doutora em Ciências Ambientais pela Universidade de Wageningen (WUR), Holanda. Professora associada da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (FAENG) da UFMS.

Priscila Sabioni Cavalheri, Universidade Católica Dom Bosco.

Química. Mestre e Doutoranda em Química. Professora da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).

Priscila de Morais Lima, Swedish University of Agricultural Sciences.

Engenheira Sanitarista e Ambiental pela UCDB. Mestre em Tecnologias Ambientais pela UFMS. Doutora em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela USP. Pós-doutoranda na Swedish University of Agricultural Sciences – SLU.

Fernando Jorge Correa Magalhaes Filho, Universidade Católica Dom Bosco.

Engenheiro Sanitarista (UCDB). Doutor em Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos (UFMS). Especialista em Gestão de Projetos (USP). Bolsista Produtividade (CNPq). Professor da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).

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Publicado

2021-09-15

Como Citar

dos Santos, V. B., Paulo, P. L., Cavalheri, P. S., Lima, P. de M., & Magalhaes Filho, F. J. C. (2021). AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DE RISCO MICROBIOLÓGICO À SAÚDE HUMANA ASSOCIADO AO REÚSO DE ESGOTO DOMÉSTICO TRATADO POR SOLUÇÕES BASEADAS NA NATUREZA. Revista Eletrônica De Gestão E Tecnologias Ambientais, 9(2), 105–110. https://doi.org/10.9771/gesta.v9i2.43635

Edição

Seção

Edição Especial REUSO DE ÁGUAS 2021