A CONFIABILIDADE DO TAMANHO DAS CISTERNAS RURAIS

Autores

  • Eduardo Henrique Borges Cohim Silva UEFS/DTEC
  • Sílvio Roberto Magalhães Orrico UEFS/DTEC

DOI:

https://doi.org/10.9771/gesta.v3i2.13975

Resumo

O Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semiárido – P1MC construiu mais de 400 mil cisternas, com o volume definido em 16 mil litros com base na demanda de uma família média de cinco pessoas em um período de 280 dias. Porém dada a diversidade vários fatores como área de captação, precipitação e número de usuários, as demanda devem portanto serem diferentes. O objetivo deste trabalho é avaliar a confiabilidade do suprimento de água por meio de sistemas de captação de água de chuva, no âmbito do Programa P1MC. Foi utilizado o modelo comportamental que simula a operação do reservatório num período de tempo, simulando fluxos de massas com algoritmos que descrevem a operação de um reservatório, adotando-se um intervalo de um dia para o balanço. O universo amostral foi constituído por 947 cisternas cujas informações, tais como área de captação e número de moradores, foram obtidas na ASA – Articulação para o Semiárido. Para cada cenário analisado, definido pela precipitação, área de captação e demanda (número de moradores e demanda per capita) foi calculada a confiabilidade. Verificou-se que para os 947 sistemas de aproveitamento implantados, o valor médio do número de moradores encontrado foi de 5, com 99% dos casos abaixo de 10. Constatou-se que 99,9% das áreas de captação têm superfície inferior a 120 m2, e uma média de 51,9 m2. O volume máximo armazenado na cisterna decresce, evidenciando uma ociosidade da capacidade de reservação de 16 mil litros, o que faz com que o uso de cisternas com essa capacidade deveria ser associado a uma área de telhado compatível com seu volume de armazenamento, sendo mais recomendável que uma ampliação na área de coleta que resultaria em um maior benefício para a família. Cerca de 25% dos casos o volume adequado da cisterna seria inferior a 6 mil litros. O uso de cisternas com volumes diferentes, mais ajustados às situações, seria certamente mais eficiente, possibilitando um uso melhor dos recursos financeiros disponibilizados para o programa, permitindo a ampliação do número de beneficiários. No caso em estudo, poderiam ser utilizados quatro volumes diferentes, 5.500, 8.000, 10.500 e 15.000 litros.

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Publicado

2015-11-30

Como Citar

Cohim Silva, E. H. B., & Orrico, S. R. M. (2015). A CONFIABILIDADE DO TAMANHO DAS CISTERNAS RURAIS. Revista Eletrônica De Gestão E Tecnologias Ambientais, 3(2), 091–099. https://doi.org/10.9771/gesta.v3i2.13975

Edição

Seção

Artigos Originais