Redes sociais enquanto nova ágora?
Comunicação digital, polarização e os códigos de comportamento urbanos e virtuais
DOI:
https://doi.org/10.9771/geo.v18i1.48860Palavras-chave:
comunicação digital, polarização, espaço público, corpo, diferençaResumo
Apesar dos inegáveis benefícios que a comunicação digital nos trouxe, o presente artigo tem por foco discutir sobre o entendimento das redes sociais como a nova ágora, problematizando a compreensão dessas redes como sinônimo perfeito de domínio público. Ao longo do texto, abordamos alguns códigos de comportamento urbano que foram se conformando nos últimos séculos e, posteriormente, como a internet e as redes sociais surgem dentro desse contexto (por vezes reforçando alguns códigos, por vezes inventando novos). Entende-se, neste artigo, que a própria estrutura e o modo como as redes sociais são desenhadas atualmente podem servir como reforço às polarizações que vivemos em nosso tempo, influenciando o conteúdo a que temos acesso, o modo como entendemos o que é dito e, consequentemente, o modo como enxergamos aquele que teima em permanecer outro. Juntamente com essa discussão, trazemos a relevância do espaço público neste debate, além da necessidade de se permanecer em contato com aquilo que é outro e estranho, procurando sempre uma permeabilidade entre as diferenças.
Downloads
Referências
ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária, 2007.
BAUMAN, Zygmunt. Comunidade. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2003.
BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2009a.
BAUMAN, Zygmunt. Confiança e medo na cidade. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2009b.
BAUMAN, Zygmunt. Vida líquida. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2009c.
BAUMAN, Zygmunt. 44 cartas do mundo líquido moderno. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2011.
BAUMAN, Zygmunt. Isto não é um diário. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2012.
BAUMAN, Zygmunt. Retropia. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2017.
BAUMAN, Zygmunt; DONKIS, Leonidas. Cegueira moral: a perda da sensibilidade na modernidade líquida. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2014.
BORJA, Jordi. La ciudad conquistada. Madrid: Alianza Editorial, 2003.
CALDEIRA, Teresa Pires do Rio. Enclaves fortificados: a nova segregação urbana. CEBRAP: Revista Novos Estudos, n. 47, 1997.
HAN, Byung-Chul. No enxame: perspectivas do digital. Petrópolis: Editora Vozes, 2018.
HAN, Byung-Chul. Sociedade paliativa: a dor hoje. Petrópolis: Editora Vozes, 2021.
HAN, Byung-Chul. A expulsão do outro: sociedade, percepção e comunicação hoje. Petrópolis: Editora Vozes, 2022.
KUNDERA, Milan. A imortalidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
LEFEBVRE, Henri. A revolução urbana. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
OPREA, Silviu; MAGDY, Walid. The Effect of Sociocultural Variables on Sarcasm Communication Online, v. 1, n. 1. Abril 2020.
SENNETT, Richard. Juntos: os rituais, os prazeres e a política da cooperação. Rio de Janeiro: Editora Record, 2015.
SENNETT, Richard. Carne e pedra: o corpo e a cidade na civilização ocidental. Rio de Janeiro: BestBolso, 2014b.
SENNETT, Richard. O declínio do homem público: as tiranias da intimidade. Rio de Janeiro: Record, 2014a.
SENNETT, Richard. Construir e habitar: ética para uma cidade aberta. Rio de Janeiro: Record, 2018.
SERPA, Angelo. O espaço público na cidade contemporânea. São Paulo: Editora Contexto, 2007.
SERPA, Angelo. Fenomenologia da distância (e de suas contradições) em tempos de pandemia. Espaço e Cultura, n. 49, p. 143-155, jan.-jun. 2021.
STAVRIDES, Stavros. Hacia la ciudad de umbrales. Madrid: Ediciones Akal, 2016.
VASCONCELLOS, Eduardo Alcântara de. Mobilidade cotidiana, segregação urbana e exclusão. In: BALBIM, Renato; KRAUSE, Cleandro; LINKE, Clarisse Cunha (Org.). Cidade e movimento. Brasília: IPEA; ITDP, 2016. p. 57-79.
ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. Tradução: Jerusa Pires Ferreira e Suely Fenerich. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o artigo simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Creative Commons CC BY que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados. Ver o resumo da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Ver o texto legal da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Consulte o site do Creative Commons: https://creativecommons.org/licenses/?lang=pt
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
