A degradação enquanto face da modernização, que avança sobre os territórios pesqueiros

Autores

  • Cristiano Quaresma de Paula Universidade Federal do Rio Grande

DOI:

https://doi.org/10.9771/geo.v17i2.46662

Palavras-chave:

Modernização. Pesca Artesanal. Território. Ambiente.

Resumo

O artigo busca compreender como a face da degradação se evidencia nos territórios e territorialidades da pesca artesanal brasileira. A análise das faces da modernização se estabelece metodologicamente a partir do diálogo entre propostas e abordagens da Geografia, e relatos ou denúncias dos movimentos sociais da pesca. A face da degradação resulta de impactos ambientais, disputas no território e conflitos por território, tem o conceito de ambiente como preponderante e recai principalmente em territórios pesqueiros. Portanto, é necessário compreender como o processo de transfiguração da natureza se evidencia em diferentes contextos do Brasil, de forma correlacionada aos processos de territorialização e desterritorialização da pesca. A análise de contextos geradores como industrialização, urbanização, atividades relacionadas ao agronegócio e mineração, expõe táticas de ofensivas em territórios tradicionais.

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Biografia do Autor

Cristiano Quaresma de Paula, Universidade Federal do Rio Grande

Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), professor dos cursos de Geografia Licenciatura e Bacharelado e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG).

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Publicado

2021-12-13

Como Citar

de Paula, C. Q. (2021). A degradação enquanto face da modernização, que avança sobre os territórios pesqueiros. GeoTextos, 17(2). https://doi.org/10.9771/geo.v17i2.46662

Edição

Seção

Artigos