AULAS REMOTAS EM CONTEXTO DE PANDEMIA: ANÁLISE DOS ATOS DE FALA NO GÊNERO CHARGE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/ell.v0i75.50781

Palavras-chave:

Desigualdade social; Gênero charge; Atos de fala; Pragmática

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar os atos de fala, à luz da Pragmática, em charges sobre a temática educacional e as desigualdades sociais que permeiam a sociedade brasileira, durante o período da pandemia de Covid-19. O corpus da pesquisa é composto por quatro charges, produzidas por três autores, que foram disseminadas nas redes sociais, durante o ano de 2020. A metodologia adotada é bibliográfica e qualitativa e segue os pressupostos teóricos de Austin (1962), Marcuschi (2008), Levinson (2007), Moreira (2016), Figueira (2018), Pimentel e Mesquita (2018), e outros. A partir da análise, constatamos que o gênero charge apresenta elementos que direcionam compreensões para além da esfera linguística, relacionando fatores políticos, econômicos, históricos e culturais. Portanto, os atos de fala manifestam-se no corpus deste estudo por meio da interatividade discursiva inerente à charge, enquanto gênero que expressa um posicionamento crítico ante os fenômenos linguageiros que semiotizam o mundo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARMENGAUD, Françoise. A pragmática. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.

AUSTIN, Jonh Langshaw. Quando dizer é fazer: palavras e ação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1962.

BARBOSA, Maria de Fátima Santos. Pragmática: breves considerações. [S. l.], 17 maio 2013. Apresentação do Power Point. 27 slides, color.

BIDARRA, Jorge; REIS, Leidiani da Silva. Gênero charge: construção de significados a partir de uma perspectiva interdisciplinar e dinâmica. Signo, v. 38, n. 64, p. 150-168, 2013.

BRITO, Maria Helena; ARRUDA, Neivaely Aparecida; CONTRERAS, Humberto Silvano Herrera. Escola, pobreza e aprendizagem: reflexões sobre a educabilidade. In: Encontro nacional sobre atendimento escolar hospitalar-ENAEH, 9.; Seminário internacional de representações sociais, 3.; Seminário Internacional sobre Profissionalização Docente, 5. 2015, Curitiba. Anais [...]. Curitiba: Pontifícia Universidade Católica, 2015. p. 18670-18683.

CAVALCANTE, Mônica Magalhães. Os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2020.

CAVALCANTI, Maria Clara Catanho. Multimodalidade e argumentação na charge. 2008. Dissertação (Mestrado em Linguística) ̶ Universidade Federal de Pernambuco, Recife.

CAZO. Educação... [S. l.] 2021a. Instagram: @cazocharges. Disponível em: https://instagram.com/cazocharges?igshid=MzRlODBiNWFlZA==. Acesso em: 10 set. 2023.

CAZO. Brasil: um país de contrastes. [S. l.] 2021b. Instagram: @cazocharges. Disponível em: https://instagram.com/cazocharges?igshid=MzRlODBiNWFlZA==. Acesso em: 10 set. 2023.

DIONÍSIO, Ângela Paiva. Gêneros textuais e multimodalidade. In: KARWOSKI, A. M.; GAYDECZKA, B.; BRITO, K. S. (orgs.). Gêneros textuais: reflexões e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2011.

FIGUEIRA, Mayra Duarte. A construção da imagem social de Marjane Satrapi na Graphic Novel Persépolis via referenciação e atos de fala de (des)cortesia. 2018. Dissertação (Mestrado em Linguística) ̶ Universidade Estadual do Espírito Santo, Vitória.

FRAGA, Gilmar. Ensino a distância... [S. l.] 2020. Instagram: @fragadesenhos. Disponível em: https://www.instagram.com/fragadesenhos/?hl=pt. Acesso em: 10 set. 2023.

LEVINSON, Stephen Curtis. Pragmática. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da metodologia científica. 7. ed. São Paulo: editora Atlas, 2010.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

MOREIRA, José Antônio Marques; HENRIQUES, Susana; BARROS, Daniela Melaré Vieira. Transitando de um ensino remoto emergencial para uma educação digital em rede, em tempos de pandemia. Dialogia, n. 34, p. 351-364, jan./abr. 2020.

MOREIRA, Reginaldo Gurgel. (Des)cortesia linguística na nova pragmática e a problemática da intencionalidade nos atos de fala violentos na publicidade brasileira: quem é o responsável? 2016. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) ̶ Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza.

OLIVEIRA, Maria Marly. Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis: Vozes, 2017.

ROMUALDO, Edson Carlos. Charge jornalística: intertextualidade e polifonia - um estudo de charges da Folha de S. Paulo. Maringá: Eduem, 2000.

ROSA, Pamella Soares. Pragmática sob um olhar histórico-filosófico: influências históricas e filosóficas no estudo da pragmática. In: Colóquio de linguística, literatura e escrita criativa [des] limiares da linguagem, 9., 2016, Porto Alegre. Anais [...]. Porto Alegre, 2016.

SALOMÓN, Walter. La educación en tiempos de pandemia. 22 abr. 2020.

SANTOS, Saulo. Fundamentos da Pragmática: atos de fala. In: Congresso de estudos linguísticos da Universidade Estadual de São Paulo: fundamentos da pragmática - apoio pedagógico, 4., 2018, São Paulo. Anais [...]. São Paulo, 2018.

SARAIVA, K.; TRAVERSINI, C.; LOCKMANN, K. A educação em tempos de COVID-19: ensino remoto e exaustão docente. Práxis Educativa, n. 15, 2020.

SOUZA, Elmara Pereira. Educação em tempos de pandemia: desafios e possibilidades. Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas, v. 17, n. 30, p. 110-118, 2020.

Downloads

Publicado

2023-10-30

Como Citar

SILVA, N. L. da . AULAS REMOTAS EM CONTEXTO DE PANDEMIA: ANÁLISE DOS ATOS DE FALA NO GÊNERO CHARGE. Estudos Linguísticos e Literários, Salvador, n. 75, p. 224–248, 2023. DOI: 10.9771/ell.v0i75.50781. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/estudos/article/view/50781. Acesso em: 18 jul. 2024.